Campanhas digitais com impacto real

Gabriel Gomes, do "Que ônibus passa aqui": ação incentiva usuários do transporte coletivo a indicarem em adesivos, manualmente, as linhas de ônibus que passam nos pontos

Fazer com que o ativismo digital cause um impacto concreto na sociedade. É isso que os convidados do painel Campanhas digitais e o novo voluntariado: a tecnologia fortalecendo o protagonismo social discutiram no Seminário Social Good Brasil 2014. Os três painelistas entendem bastante do assunto! São os finalistas do concurso “Ideias que vão longe”, que conseguiram usar as redes sociais para ajudar a mudar o mundo.

Luciana de Camargo Barros, do Instituto Oncoguia, criou a campanha Pela Inclusão da Quimio Oral e usou as mídias sociais para engajar pessoas do país inteiro na criação de um Projeto de Lei que incluísse a quimioterapia oral em domicílio como um dos procedimentos de cobertura obrigatória pelos planos de saúde.

A conquista veio no final de 2013, quando a lei foi sancionada. “Eu sou completamente apaixonada pelo que faço. No dia-a-dia, as perguntas, ligações, são de pessoas que estão num momento difícil. Saber que ajudo alguém num momento tão difícil, faz valer a pena.”

Um dos fundadores do Bike Anjo, JP Amaral disse que “em cima de uma bicicleta, a cidade mudou junto comigo”. E a tecnologia foi usada para amplificar esse impacto até o ponto em que perderam o controle. Materiais como as cartilhas usadas no projeto De bike ao trabalho passaram a ser reproduzidos no Brasil inteiro sem que ele soubesse. Mas JP não se importa não: “é a parte mais legal de ser uma rede que faz acontecer”.

O vencedor do concurso, Gabriel Gomes, do Que ônibus passa aqui?, acredita que ter feito desse um projeto de construção colaborativa garantiu que a iniciativa desse certo. Diversas pessoas puderam ajudar, dando ideias ou colaborando financeiramente através de uma plataforma de crowndfunding. E o que ele aprendeu com esse trabalho? A entender como usar o conhecimento que tem para ajudar na criação de uma cidade criativa (e humana!) e que ideias simples funcionam: “a gente é que complica elas”.

Esse foi o terceiro painel do Seminário, que foi realizado até quinta-feira, 6 de novembro.

(Por Janine Silva, do Portal Voluntários Online)