O engenheiro Alessio na casa contêiner
Foto: Paula Rafiza/Esp. CB/D.A Press
Restaurantes, lojas e até mesmo casas. A utilização de contêineres para finalidades que vão além do depósito de cargas cresce cada vez mais, conforme já mostramos algumas vezes aqui no EcoD. Em Brasília, um casal habita em uma estrutura dessas, e mostra que a alternativa também pode vir a ser um possível lar.
Instalada no Lago Sul, em um terreno no Setor de Mansões Dom Bosco, a estrutura não é feita de tijolos, madeira ou palha. Não tem telhado ou janelas, mas conta com sala, quarto e cozinha, como qualquer outra moradia. Diferentemente da maioria, essa pode ser levada a qualquer lugar.
A estrutura, que era para ser um depósito de móveis antigos, conta com quatro unidades de seis metros cada uma, usadas, normalmente, para o transporte de carga. Mas, assim como outras residências, ela possui sistema de iluminação, encanamento e até tevê por assinatura.
A compra do primeiro contêiner ocorreu após uma reconciliação, contou Ana Laterza, 26 anos, ao jornal Correio Braziliense. Segundo ela, a separação dos pais durou um ano e rendeu duas casas de solteiro mobiliadas. Da decisão de se unirem novamente, veio a vontade de construírem um espaço comum.
“Eles compraram um lote para erguer a casa. Acontece que não tinham onde colocar as coisas dos dois, pois acabaram se mudando provisoriamente para um apartamento enquanto a obra acontecia. Nesse momento, eu e meu marido pensamos logo em colocar tudo em um contêiner”, explica.
Loja-contêiner no Maranhão: estrutura admite várias possibilidades de utilização
Foto: Divulgação/Container Ecology Store
Lar agradável
Os pais de Ana foram surpreendidos com a proposta do casal de morar em um contêiner para acompanhar de perto a construção da casa. “Eles acomodariam as coisas e a nós também. Pensamos que seria bom tanto para eles quanto para nós, pois, faríamos o projeto da casa nova e eles nos cederiam os contêineres. Assim, saíamos do aluguel”, completou Alessio Gallizio, 29 anos, marido de Ana. Além de acompanhar a obra, o casal decidiu reformar os contêineres, a fim de transformá-los em um local agradável para morar.
“Falamos com os meus pais que a ideia seria levar a casa de lata embora ao fim da construção. Meu pai apoiou desde o início. Por ele ser engenheiro, foi mais fácil”, arrematou Ana. A moradia dispõe, entre outras coisas, de banheiro, sala de jantar e área de lazer, onde o casal pendurou uma rede.
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