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Casal viaja de bicicleta ao redor do mundo com os quatro filhos ainda crianças

Foi justamente isso que fez o alemão Martin Glauer, de 30 anos, e a esposa canadense Julie, de 40 anos, que se conheceram na Austrália, foram morar na Alemanha e, a partir de então, decidiram pegar as bikes e correr o mundo durante um ano. O mais velho, Moses, tinha cinco anos e o mais novo, Herbie, apenas 9 meses. Mas nem isso impediu este casal de cumprir o sonho de viajar pelo mundo de forma sustentável.

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17/09/2013 às 9:35 • Atualizada em 31/08/2022 às 21:14 - há XX semanas
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Fotos: Divulgação

Não é de hoje que o EcoD publica histórias incríveis de casais que escolheram viver de uma forma mais sustentável. Já mostramos o casal que consegue viver com menos de R$15 por mês, por exemplo, e outro que construiu uma comunidade autossustentável com casas feitas sobre árvores. Mas o que dizer de um casal que viajou de bicicleta mundo afora na companhia dos quatro filhos ainda crianças?

Foi justamente isso que fez o alemão Martin Glauer, de 30 anos, e a esposa canadense Julie, de 40 anos, que se conheceram na Austrália, foram morar na Alemanha e, a partir de então, decidiram pegar as bikes e correr o mundo durante um ano, segundo informou o site Hypeness. O casal levou junto com eles os filhos Moses, Caspar, Turis e Herbie.

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O mais velho, Moses, tinha cinco anos e o mais novo, Herbie, apenas 9 meses. Mas nem isso impediu este casal de cumprir o sonho de viajar pelo mundo de forma sustentável. Para testar, fizeram uma viagem de preparação à Romênia para perceber se os filhos tinham o espírito de aventura necessário. Como eles se mostraram entusiasmados, o casal arriscou na aventura.

Eles calcularam gastar em média 50 euros por dia, o que dá 22.500 euros no ano (pouco mais de 68 mil reais)

A preparação física foi uma das preocupações de Martin e Julie, já que não é qualquer um que consegue pedalar 35 quilômetros por dia a cerca de 20 km/h (a meta do casal), levando os filhos atrás. Por isso, Martin correu algumas maratonas antes da viagem e Julie fez pilates.

Escolhas estratégicas

Acoplados a cada uma das bicicletas, viajaram dois mini-trailers, sendo que duas das crianças iam com a mãe e as outras duas com o pai (na verdade, o caçula ia na cadeirinha, sempre com Julie, enquanto os outros 3 se revezavam). O mais bacana é que as estruturas, feitas de lona, incluíam cinto de segurança e uma tela para proteger do vento e dos mosquitos. As crianças tinham assim um lugar privilegiado, e bem confortável, para descobrir o mundo.

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E como o mundo é grande demais para que o possamos conhecer em uma só viagem, o casal foi obrigado a fazer escolhas. Eles optaram por países mais planos e tentaram sempre fugir do inverno, para carregar menos roupas e sacolas e para facilitar o trabalho com as crianças e o próprio alojamento. A família preferiu acampar do que ficar em hotéis ou pousadas. O alojamento em casa de famílias locais foi outra das opções.

Martin e Julie garantem ser mais barato viajar com os filhos desta forma (mesmo contando com as passagens de avião, que o mais novo não paga e o segundo paga só metade) do que levar uma vida normal na Alemanha, onde é preciso pagar renda da casa, combustível do carro e aquecimento, entre outras despesas. Eles calcularam gastar em média 50 euros por dia, o que dá 22.500 euros no ano (pouco mais de 68 mil reais).

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Os seis partiram do Canadá, de onde seguiram para Estados Unidos, Guatemala, El Salvador e Brasil (por aqui desembarcaram no Rio de Janeiro e foram até Salvador, onde ficaram dois meses). Seguiu-se a Austrália, Nova Zelândia, e depois Emirados Árabes, Omã, Índia, Tailândia, Camboja, China, Mongólia, Rússia e mais alguns países europeus, num total de 20 países visitados. Voltaram a Alemanha em julho de 2012, a tempo de Moses começar seus estudos, já com 6 anos completados.

O casal nunca teve pressa de cumprir o roteiro, que muitas vezes teve de ser ajustado às necessidades das crianças. É preciso lembrar que todos eles eram bem novos e birras, enjoos ou simples cansaço era algo que acontecia de vez em quando. A alimentação foi uma das grandes preocupações dos pais, que andavam sempre prevenidos com água, iogurtes, fruta ou pão integral.

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Apoios recebidos

O que também não faltou foram medicamentos, para coisas simples como uma gripe, mas também para doenças típicas de alguns lugares, como a malária. Sacolas com roupa, a barraca para dormir, uma pia, chuveiros portáteis, panelas, copos e um fogareiro fizeram também parte do kit de viagem.

Apesar da coragem, há que falar também dos apoios que a família recebeu: os pais de Julie ajudaram a conseguir patrocinadores, a empresa onde Martin trabalhava contribuiu com a estrutura das bikes e o equipamento de camping. Os móveis da casa na Alemanha, que foi vendida para financiar o sonho, ficaram na garagem dos pais de Julie e o irmão de Martin, com mais tempo e melhor acesso à internet, foi atualizando o site da família – o Global Mobile Family.

Apesar da viagem já ter terminado, ele continua lá, com informações e fotos, para que todos possam seguir os passos dessa aventura e se inspirar também.

Mas é preciso atitude e muita coragem? E aí, você toparia?

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