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Cerca de 24 milhões de toneladas de lixo tiveram destino inadequado em 2012

Um levantamento da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) apontou que cerca de 24 milhões de toneladas de lixo (37,5%) tiveram destinação inadequada em 2012. Além disso, dos 64 milhões de toneladas de resíduos gerados ao longo do ano passado, 6,2 milhões não foram sequer coletados.

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29/05/2013 às 18:00 • Atualizada em 02/09/2022 às 1:45 - há XX semanas
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Dos 64 milhões de toneladas de resíduos gerados ao longo do ano passado, 6,2 milhões não foram sequer coletados
Foto: Sophia Paris/UN

Um levantamento da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) divulgado na terça-feira, 28 de maio, apontou que cerca de 24 milhões de toneladas de lixo (37,5%) tiveram destinação inadequada em 2012. Além disso, dos 64 milhões de toneladas de resíduos gerados ao longo do ano passado, 6,2 milhões não foram sequer coletados.

Apesar do dado ser alarmante, o percentual de coleta apresentou um aumento de 1,9% em comparação a 2011, totalizando 55 milhões de toneladas em 2012. "Percebemos, nesses dez anos de estudo, que o índice de coleta tem crescido paulatinamente, indicando que a universalização desses serviços é um caminho possível", avaliou o diretor executivo da Abrelpe, Carlos Silva Filho, à Agência Brasil.

O Nordeste é a região com maior percentual de resíduos levados para destinações inadequadas, como lixões. De acordo com o estudo, 65% do lixo gerado na região, um total de 25,8 mil toneladas por dia, não tiveram destinação final adequada. Apenas 77% dos resíduos produzidos nesta região são coletados - o local responde por 26% (51,6 mil toneladas diárias) dos resíduos gerados no país.

A melhor cobertura de coleta foi verificada no Sudeste (96,8%). A região também é a que mais destina os resíduos para aterros sanitários (72%), pouco mais de 70 mil toneladas diárias. Apesar disso, 51% das cidades da região, o equivalente a 854 municípios, não tratam o lixo adequadamente.

Para o diretor da Abrelpe faltam os investimentos necessários para avançar na coleta e destinação correta dos resíduos sólidos. "As mudanças demandadas pela PNRS [Política Nacional de Resíduos Sólidos] requerem investimentos concretos e perenidade", ressaltou.

O problema, segundo Silva Filho, é que muitas cidades não têm condições de aportar esses recursos. "A maioria desses municípios tem menos de 10 mil habitantes e não dispõe de condições técnicas e financeiras para solucionar a questão dos resíduos sólidos de maneira isolada", completou.

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