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Cinco designs de banheiros que podem salvar milhões de vidas

A falta de saneamento básico mata anualmente 7.500 pessoas no mundo. Quem mais sofre com esses números são os países em desenvolvimento. Para essa população a solução pode estar em banheiros que não precisam de conexão com o sistema de esgoto.

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01/08/2013 às 8:50 • Atualizada em 27/08/2022 às 14:38 - há XX semanas
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Cerca de 40% da população mundial carece de acesso a instalações sanitárias
Fotos: reprodução

A falta de higiene e acesso a água mata anualmente no mundo cerca de 1,5 milhão de crianças com menos de cinco anos de idade, um número que supera doenças como sarampo, malária e Aids (quando somadas). Talvez essa informação seja uma surpresa para alguns, mas, infelizmente é a realidade de 40% da população mundial que carece de acesso a instalações sanitárias, segundo dados da ONU.

Quem mais sofre com essa estatística são os países em desenvolvimento, onde a instalação de sistemas de esgoto é muitas vezes restrita. Dessa forma os resíduos são descartados de maneira imprópria, o que resulta na contaminação das águas.

Outra notícia nada boa é que o número de pessoas sem acesso a esgoto tratado deve aumentar em mais 100 milhões até 2015, segundo a relatora das Nações Unidas para o direito humano à agua e ao saneamento básico, Catarina de Albuquerque.

Para essa população a solução pode estar em banheiros que não precisam de conexão com o sistema de esgoto. E o que não faltam são opções desenvolvidas por designers preocupados em salvar inúmeras vidas. Conheça alguns modelos abaixo listados pelo Inhabitat.

  • Mictório Ecológico

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O mictório ecológico foi criado como uma solução para lugares como a capital de Uganda, Kampala, onde, em média, mil pessoas compartilham o mesmo banheiro. O make-shift mictório é um funil adaptável que se conecta a garrafas de água disponíveis localmente. Ele coleta a urina, armazena, e a transforma em um fertilizante de alta qualidade. A opção custa apenas US$ 3 (cerca de R$6). O mictório ecológico foi desenvolvido pelo Projeto Sem Fronteiras, com Sarah Kell como a designer-chefe, e foi selecionado como finalista para o Prêmio 2013 Index.

  • Loowatt

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O Loowatt é um sistema de WC sem água, que transforma dejetos humanos em biocombustível. O banheiro de compostagem é moldado a partir de 90% de esterco de cavalo e possui um revestimento biodegradável que armazena as fezes em um recipiente selado livre de odores. Uma vez que o vaso está cheio, o usuário leva o pacote com os resíduos a um biodigestor exterior, que, em troca, fornece uma fonte livre de biocombustível para cozinhar. Desenhado por Virginia Gardiner, o Loowatt recebeu uma menção honrosa do Design Challenge AIGA e foi finalista na Buckminster Fuller Challenge.

  • WC Sabine Schober

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O WC Sabine Schober trata a urina e excrementos misturando-os com carvão para produzir solo extremamente fértil para reflorestamento. Ele se destaca porque pode ser usado em duas posições. O preço está em cerca de US$ 70,00 (cerca de R$ 140), e o banheiro pode ser construído usando três componentes robustos feitos de cerâmica sanitárias no exterior e um recipiente de plástico no interior que recolhe os resíduos. A concepção permite uma pulverização de água para a limpeza, que pode ser ligado ao lado da casa de banho. Os excrementos tratados, os quais podem ser utilizados como adubo, podem ser removidos da parte de trás do vaso. Projetado pela designer industrial Sabine Schober, este banheiro foi o vencedor do Prêmio WC 2013 da Organização Mundial de Design.

  • Toilet Toronto

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A WC Toronto utiliza areia e raios UV na câmara de desinfecção para processar resíduos líquidos e uma câmara de combustão lenta, semelhante a uma churrasqueira de carvão vegetal, de incineração de resíduos sólidos. O banheiro é sustentável e fácil de usar. O equipamento e os processos são projetados para ser facilmente utilizados por pessoas com recursos e treinamento limitados. O Toilet Toronto foi desenvolvido pela Universidade de Toronto com Yu-Ling Chen como o líder da equipe e ganhou o terceiro prêmio (40.000 dólares) da Fundação Gates, Reinventar o Desafio WC.

  • Toilet Diversion

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O Toilet Diversion, além de tratar a urina e as fazes, ainda recicla a água utilizada no local. É um banheiro de cócoras moderno, que pode funcionar sem água ou uma conexão de esgoto e pode ser operado por apenas 5 centavos por pessoa. Ele é projetado para ser um banheiro partilhado por quatro famílias. Os resíduos podem ser convertidos em adubo ou biogás. O Toilet Diversion foi desenvolvido pela Eawag Instituto Aquático em colaboração com EOOS Design Studio, com o Dr. Tove Larsen como o líder da equipe, e ganhou o prêmio de US$ 40.000 por excelente design de uma interface de usuário higiênico na Fundação Gates Reinventar o Desafio WC.

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