Queima de carvão através das termelétricas contribui para as emissões de gases-estufa despejados na atmosfera
Foto: Alexandre Nascimento
A volta do carvão mineral como fonte de energia na matriz energética brasileira, possibilidade aberta com o Leilão A-5 do Ministério de Minas e Energia e da Aneel, marcado para 29 de agosto, tem sido criticada por ambientalistas que defendem mais investimentos em alternativas renováveis, como biomassa, solar e eólica.
O Leilão A-5 refere-se a compra de novas fontes de energia elétrica no país a serem usadas a partir de 2018. Para garantir que a população, em especial o público jovem, entenda melhor os impactos desse evento para o Brasil, o movimento Clímax Brasil organiza na quinta-feira (22), uma conferência virtual aberta para debater o tema. Renata Nitta, coordenadora da campanha de Clima e Energia do Greenpeace, e Alexandre Costa, do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas, são os convidados a esclarecer o assunto.
“É importante termos uma parcela de termelétricas na matriz energética brasileira, mas não a carvão. Em um país que possui um potencial enorme de renováveis não precisamos de fontes sujas e poluentes, e se for para investir em termelelétricas que sejam a gás natural que apresentam emissões até 70% menores do que o carvão”, afirmou Renata Nitta.
A primeira fase do Global Power Shift foi realizada em junho, na cidade de Istambul (Turquia), e reuniu mais de 500 jovens lideranças de 134 países, que passaram por treinamentos em diferentes temáticas para atuarem com o tema das mudanças climáticas em seus países (relembre a entrevista com Diêgo Lôbo aqui).
Jovens brasileiros mobilizados
O Brasil, junto com Índia e China, contou com a maior delegação do evento, com 12 participantes. Agora, de volta ao país, estes 12 jovens criaram o movimento Clímax Brasil com a missão de envolver adolescentes em ações que chamem a atenção para a temática, a começar por esta série de debates mensais com temas como energia, mobilidade urbana, alimentação, desmatamento, negociações climáticas, entre outros.
Além dos debates, o Clímax Brasil pretende criar uma série de materiais educativos sobre mudanças climáticas para serem trabalhados com adolescentes e jovens de todo o país. Também serão organizadas intervenções artísticas e ambientais, convidando a juventude para se mobilizar de forma criativa e transformadora por meio de diversas ações como grafite, hortas urbanas, vagas vivas e bicicletadas.
Monitoramento
Por último, o movimento pretende criar um grupo de monitoramento das políticas públicas brasileiras sobre mudanças do clima, empoderando os jovens para influenciar os governos e cobrar que as políticas de mudanças climáticas sejam melhoradas e realmente implementadas.
As ações do Clímax Brasil podem ser acompanhadas na fanpage: facebook.com/climaxbr. O link de transmissão do debate sobre o Leilão A-5 será divulgado no dia do evento por esta página.
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