O Dia Mundial do Combate ao Câncer é lembrado em 8 de abril. A data é oportuna para buscarmos informações sobre a doença que é a segunda maior causa de morte no Brasil, atrás apenas das relacionadas ao coração. Em 2012 foram registrados 62.680 casos de cânceres de pele em homens e 71.490 em mulheres, 60.180 de próstata e 52.680 de mama, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). Para 2013 são esperados mais de 500 mil novos casos.
A cada ano, o câncer provoca cerca de oito milhões de mortes no mundo. Estima-se que um terço delas poderia ter sido evitada caso fossem detectadas precocemente e se os pacientes tivessem maior acesso aos tratamentos existentes.
Com base nesses dados, o EcoD uniu informações sobre os três cânceres de mais ocorrência em 2012. Conheça:
- Câncer da pele
Os casos são mais comuns em mulheres
Foto: jlmaral
Existem dois tipos de cânceres de pele: o não melanoma (mais frequente e menos agressivo) geralmente aparece em pessoas de pele mais clara. Os tumores crescem de forma mais lenta e, se diagnosticado precocemente, há grandes chances de cura. Em alguns casos, quando a descoberta é tardia, esse câncer pode levar a ulcerações e deformidades físicas graves.
Já os melanomas têm letalidade mais elevada, porém são mais raros. Acomete principalmente em caucasianos que moram em países com alta intensidade de radiação ultravioleta. Se diagnosticado em fase inicial, este câncer também pode ser curado.
Nesses casos, a exposição excessiva ao sol é o principal fator de risco para o surgimento da doença. As pessoas que têm maior sensibilidade ao sol, doenças imunossupressoras (deficiência do sistema imunitário) e exposição ocupacional devem redobrar os cuidados.
Os principais sintomas são desidratação, queimaduras na pele, dor de cabeça, tontura, febre, inconsciência e vômitos (em casos mais graves). Por tanto, evite tomar sol entre 10h e 16h, proteja-se utilizando guarda-sol, utilize protetor solar (reaplicando-o a cada duas horas) e beba bastante água.
- Câncer de próstata
O câncer de próstata possui uma taxa elevada de mortalidade
Foto: loudista
Aproximadamente 62% dos casos de câncer de próstata diagnosticados no mundo acometem homens com 65 anos ou mais. Além da idade, o histórico familiar da doença e a etnia também são considerados fatores de risco para esse tipo de neoplasia. Homens negros têm 1,6 vezes a mais de chances de apresentar a enfermidade.
Apesar de ser considerado de bom prognóstico se diagnosticado cedo e tratado intensivamente, esse câncer possui uma taxa elevada de mortalidade. Programas de controle da doença já estão sendo aplicados para esta causa, porém, ainda não há dados de sucesso na redução de morte.
A dieta pode ser um fator importante na prevenção do câncer de próstata. O ideal é que a alimentação seja rica em vegetais, vitaminas D e E, licopeno e Ômega 3. Já os alimentos com base em gordura animal, como carne vermelha, enlatados e cálcio, têm sido associados ao aumento no risco de desenvolver a doença.
- Câncer de mama
A prevenção primária do câncer de mama não é totalmente possível
Foto: GOV/Ba
A idade continua sendo o principal fator de risco para o câncer de mama. As taxas de incidência aumentam rapidamente entre os 35 e os 50 anos. Posteriormente, o crescimento ocorre de forma mais lenta. A vida reprodutiva da mulher, o histórico familiar, a alta densidade do tecido mamário e a exposição à radiação ionizante são outros fatores apontados como causas para a manifestação da doença.
A prevenção primária desse tipo de câncer ainda não é totalmente possível em razão da variação dos fatores de risco e das características genéticas. Até o momento, a mamografia para mulheres com idade entre 50 e 69 anos é recomendada como método efetivo para detecção precoce.
O exame clínico anual das mamas é recomendado a partir dos 40 anos, já o mamográfico é indicado a cada dois anos para mulheres de 50 a 69 anos. Para as que fazem parte de grupos populacionais considerados de risco elevado para esse tipo de câncer, como locais mais urbanizados, o exame clínico e a mamografia devem ser realizados anualmente a partir de 35 anos.
A amamentação, a prática de atividade física e a alimentação saudável com a manutenção do peso corporal estão associadas a um menor risco de desenvolver essa doença. Por ser comumente diagnosticado em grau avançado, a taxa de mortalidade do câncer de mama é considerada alta no Brasil. Em nações desenvolvidas, a média de sobrevida é de aproximadamente 85%, já em países em desenvolvimento é de 60%.
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