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SUSTENTABILIDADE

Comitê da Cúpula dos Povos rejeita convite do governo para participar de evento

O Comitê Facilitador da Sociedade Civil na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), ligado a Cúpula dos Povos, considera que o método estabelecido pelos Diálogos para o Desenvolvimento Sustentável (DDS) "foi estabelecida de cima para baixo".

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03/05/2012 às 13:00 • Atualizada em 11/09/2022 às 5:03 - há XX semanas
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Intenção é divulgar para a sociedade, de maneira abrangente, as visões das redes e movimentos sobre os variados temas que serão debatidos na Rio+20, utilizando todos os meios de comunicação disponíveis/Foto: Saulo Cruz

O governo federal convidou o Comitê Facilitador da Sociedade Civil na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), ligado a Cúpula dos Povos, a participar dos Diálogos para o Desenvolvimento Sustentável (DDS), que serão promovidos durante o encontro. E, como resposta, ganhou um "não".

Em nota divulgada na quarta-feira, 2 de maio, no Rio de Janeiro, o comitê esclareceu que sempre foi uma característica das redes de organizações e movimentos que preparam a Cúpula dos Povos, que será realizada paralelamente à Rio+20, a “abertura de espaços de participação e diálogo visando a conquista de políticas públicas que façam avançar a democratização no âmbito dos Estados, a justiça social e ambiental e a distribuição da renda e riqueza”.

O Comitê Facilitador considera que o método estabelecido pelos DDS “não recolhe esta dinâmica de diálogo que temos tentado fazer avançar”. De acordo com avaliação das redes que integram o comitê, a proposta do governo “foi estabelecida de cima para baixo”.

Os movimentos sociais denunciam que o governo brasileiro definiu previamente os temas que serão abordados, bem como os participantes e facilitadores. A nota diz que essa atitude indica, “de forma inequívoca, que os diálogos e seus resultados serão controlados pelo governo”.

O comitê sinaliza, ainda, que a definição de três recomendações por tema, que seriam escolhidos de “forma fechada”, eliminará a possibilidade de que as redes possam influenciar no processo de decisão e reafirmou que pretende tornar a Cúpula dos Povos por Justiça Social e Ambiental em um espaço autônomo, onde serão efetuadas análises críticas sobre a conferência oficial e suas propostas.

A intenção é divulgar para a sociedade, de maneira abrangente, as visões das redes e movimentos sobre os variados temas que serão debatidos na Rio+20, utilizando todos os meios de comunicação disponíveis.

“Esperamos assim que as vozes e propostas dos povos que estarão representados na Cúpula dos Povos possam ser ouvidas pela sociedade e pelos chefes de Estado presentes na Rio+20”, afiança a nota de esclarecimento.

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