O Climate Disclosure Standards Board (CDSB), um conselho de organizações de negócios e ambientais formado no Fórum Econômico Mundial (FEM), promove até esta segunda-feira, 19 de maio, uma consulta pública sobre a ampliação na sua atual estrutura de reporte. O objetivo é incluir mais informações sobre capital natural - commodities de risco florestal e água – em seu relatório internacional que, hoje, integra informações sobre mudanças climáticas em relatórios corporativos.
Com as mudanças, o relatório passará a cobrir 79% do capital natural. Segundo o relatório Natural Capital at Risk - the top 100 externalities of business, realizado pela Trucost a pedido da Natural Capital Coalition, os custos de externalidades ambientais podem ser divididos em 38% de emissões de gases de efeito estufa; 25%, água e 24%, uso de terra, dos quais 16% estão diretamente ligados a commodities de risco florestal.
A ampliação da atual estrutura é pensada para ajudar organizações a prepararem e apresentarem informações sobre meio ambiente em relatórios tradicionais que atendam a demandas de investidores. Os relatórios do CDBS permitem que os investidores analisem a relação entre questões ambientais e as estratégias, performance e perspectivas das empresas.
Por meio da oferta ao mercado dessas informações, o CDBS espera estimular análises e tomadas de decisões de investidores que reconheçam que estabilidade econômica e financeira depende de um ambiente saudável.
O CDBS procura padronizar o relato de informações ambientais por meio de processo colaborativo e por identificação e integração com relatórios amplamente testados e compartilhados em todo o mundo. Por isso, adota princípios relevantes de modelos já existentes e de práticas com as quais o mercado está familiarizado.
Sistema global
O conselho é um projeto liderado pelo CDP, organização internacional sem fins lucrativos que provê um sistema global único para que as empresas e cidades meçam, divulguem, gerenciem e compartilhem informações vitais sobre o meio ambiente. Por meio do CDP Brasil, o projeto convoca empresas, investidores e especialistas brasileiros a darem suas contribuições. O link para participar é www.cdsb.net/consultation.
A convocação é um esforço do CDP para promover alinhamento com outras iniciativas globais e integração do relato de informações financeiras e não-financeiras. Recentemente, a ONG assinou um acordo com outra organização, a GRI, e juntas devem atingir mais de 6 mil empresas por meio de seus programas.
O objetivo de promover essa convergência é, de imediato, reforçar o trabalho de sensibilizar as empresas para que tornem públicas informações sobre suas ações relacionadas a mudanças climáticas e gestão de recursos naturais.
Gestão de recursos
No longo prazo, esse alinhamento tornará as informações mais consistentes, assim como possibilitará comparações de dados gerados em todo o mundo, acelerando o estabelecimento de uma economia global baseada em gestão eficiente de recursos.
No ano passado, um grupo de 26 empresas participou de quatro workshops promovidos pelo GT, que gerou o paper “Tendências e Desafios da Integração de Informações Financeiras e de Sustentabilidade: experiências de empresas e especialistas do mercado brasileiro”, lançado em dezembro de 2013 na BM&FBovespa. Neste ano, o grupo também tem uma agenda de workshops de aprofundamento que derão origem a um novo paper, a ser lançado no segundo semestre.
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