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Computadores velhos podem gerar emprego e renda para moradores da Rocinha

Moradores da favela da Rocinha, na zona oeste do Rio de Janeiro, vão aprender a transformar lixo eletrônico em computadores novos. O projeto Fábrica Verde, inaugurado quinta-feira, 17 de maio, pela Secretaria Estadual do Ambiente, pretende gerar emprego e renda para os jovens das comunidades já pacificadas pelas forças de segurança.

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18/05/2012 às 8:00 • Atualizada em 26/08/2022 às 23:45 - há XX semanas
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Três computadores velhos vão virar um equipamento novo/Foto: maistelecentros

Moradores da favela da Rocinha, na zona oeste do Rio de Janeiro, vão aprender a transformar lixo eletrônico em computadores novos. O projeto Fábrica Verde, inaugurado quinta-feira, 17 de maio, pela Secretaria Estadual do Ambiente, pretende gerar emprego e renda para os jovens das comunidades já pacificadas pelas forças de segurança. A primeira unidade, implantada em agosto de 2011, no conjunto de favelas do Morro do Alemão, na zona norte da cidade, beneficia cerca de 700 estudantes.

No projeto, três computadores velhos são transformados em equipamentos novos. Após a reciclagem, os computadores são instalados em telecentros públicos e lan houses. Os jovens que fizerem o curso de montagem e manutenção dos eletrônicos vão receber uma bolsa de estudos mensal de R$ 600,00 e os 12 melhores alunos passarão a trabalhar como monitores nos telecentros comunitários.

A coordenadora do projeto, Ingrid Gerolimich, explicou que 360 alunos do projeto no Complexo do Alemão já foram capacitados e, agora, passarão a trabalhar como monitores na Rocinha. "O projeto foi feito para aliar a questão da geração de emprego e renda, um dos grandes problemas das comunidades, com a consciência socioambiental", contou.

Para a artesã e moradora da Rocinha Rosineldi Félix, 44 anos, ações como essas são importantes para dar oportunidades de trabalho aos adolescentes que, por décadas, conviveram com a violência das quadrilhas do tráfico de drogas. Ela elogiou a reaproximação do Poder Público com comunidades que estavam apartadas do resto da cidade. "Eles [o governo] estão tentando chegar mais, não com polícia, mas com obras sociais, que a comunidade deseja mais do que policiais".

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