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Desmatamento na Amazônia atinge área de 175 km² entre março e abril

O desmatamento e a degradação de florestas na Amazônia atingiram uma área de quase 175 quilômetros quadrados (km²) nos meses de março e abril de 2013. O levantamento de alertas foi divulgado na segunda-feira, 6 de maio, pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), responsável pelo Sistema de Detecção de Desmatamentos em Tempo Real, conhecido como Deter. No mesmo período de 2012, o sistema detectou desmatamento de 292 km² - quase o dobro da área identificada este ano.

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06/05/2013 às 16:31 • Atualizada em 02/09/2022 às 5:49 - há XX semanas
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No mesmo período de 2012, o sistema detectou desmatamento de 292 km²
Foto: leoffreitas

Por Agência Brasil

O desmatamento e a degradação de florestas na Amazônia atingiram uma área de quase 175 quilômetros quadrados (km²) nos meses de março e abril de 2013. O levantamento de alertas foi divulgado na segunda-feira, 6 de maio, pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), responsável pelo Sistema de Detecção de Desmatamentos em Tempo Real, conhecido como Deter. No mesmo período de 2012, o sistema detectou desmatamento de 292 km² – quase o dobro da área identificada este ano.

Mato Grosso continua liderando o ranking da derrubada de árvores na região, com 83,57 km² de devastação nos dois meses analisados - respondendo por 47% do total.

Segundo informações do órgão, as áreas de alerta nos estados do Acre, do Amazonas, de Mato Grosso, do Pará, de Rondônia, de Roraima e de Tocantins foram identificadas mesmo com uma cobertura de nuvens em quase 50% do território investigado no período. Entre novembro e abril, quando as chuvas são mais constantes na Amazônia, as imagens ficam relativamente comprometidas. Essa é a justificativa utilizada pelo Inpe para não comparar resultados entre diferentes meses.

As imagens captadas pelos satélites utilizados pelo instituto permitem a visualização de áreas de corte raso.

Os técnicos do instituto afirmam que a limitação meteorológica e a resolução relativa de captação de imagens (de 250 metros), permitindo captar apenas áreas maiores que 25 hectares, são compensadas pela frequência de informações repassadas aos órgãos de fiscalização, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Corte raso

“A menor resolução dos sensores usados pelo Deter é compensada pela capacidade de observação diária, que torna o sistema uma ferramenta ideal para informar rapidamente aos órgãos de fiscalização sobre novos desmatamentos”, destacou em nota a assessoria do Inpe.

As imagens captadas pelos satélites utilizados pelo instituto permitem a visualização de áreas de corte raso, quando há a retirada completa da floresta nativa em uma área, e de evidências de degradação pela extração de madeira ou incêndios florestais, que tipificam o processo de desmatamento na região.

Crimes ambientais

O presidente do Ibama, Volney Zanardi Junior, vai detalhar em breve os dados divulgados pelo Inpe. A principal preocupação das autoridades responsáveis pelo combate aos crimes ambientais na região é explicar à população que nem todo alerta é uma comprovação de que há desmatamento.

Nos últimos balanços divulgados, o governo vem destacando um esforço para integrar informações nacionais e estaduais. A derrubada de árvores em determinadas áreas pode ter a licença dos órgãos ambientais locais, o que deixaria de configurar crime.

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