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Dia do Folclore é marcado com exposição sobre o riso no Rio de Janeiro

Para celebrar o Dia do Folclore, o Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular (CNFCP) inaugura na quarta-feira, 22 de agosto, a exposição "O Reinado do Riso", que identifica no universo das festas e brincadeiras populares de rua no país os personagens que se expressam por meio da veia cômica.

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22/08/2012 às 9:00 • Atualizada em 02/09/2022 às 23:42 - há XX semanas
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Exposição "O Reinado do Riso" identifica o universo das festas e brincadeiras populares de rua no país. Fotos: Divulgação

Para celebrar o Dia do Folclore, o Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular (CNFCP) inaugura na quarta-feira, 22 de agosto, a exposição O Reinado do Riso, que identifica no universo das festas e brincadeiras populares de rua no país os personagens que se expressam por meio da veia cômica.

A mostra retrata tipos bizarros, de aparência grotesca e de formas desproporcionais. Eles saem às ruas, maquiados ou mascarados, alguns com os corpos ocultos por fantasias largas, outros emprestando voz e movimentos a bonecos de madeira e papel machê. Empregam uma linguagem injuriosa e debochada, abusam do jogo de palavras, dublam os sentidos metafóricos e literais, improvisam versos rimados.

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Exploram também o trocadilho, o jogo de palavras e um vocabulário marcado por grosserias e obscenidades. No carnaval carioca, por exemplo, a brincadeira com a linguagem transparece no duplo sentido investido nos nomes de muitos dos blocos carnavalescos que arrebatam os foliões pelas ruas. “Vai tomar no Grajaú”; “Xupa, mas não baba”; “Encosta que ele cresce” e “Já comi pior pagando” são alguns deles. Em Olinda, Pernambuco, o “Segura a coisa” brinca há vários carnavais com o duplo sentido do nome.

Essas performances cômicas, com a intenção de zombar, ridicularizar e escarnecer, instigam e provocam a participação do público. Já na literatura de cordel, o trocadilho e o deboche dão o tom aos personagens, permeiam os versos e inspiram as ilustrações.

A exposição revela cenas e cenários onde reinam palhaços, mascarados, bonecos manipulados, cazumbás, cabeçudos, diabos, brincantes zombeteiros e uma infinidade de tipos que provocam e, ao mesmo tempo, encantam o público no circo, no teatro de mamulemgos, na literatura de cordel e em manifestações populares como a Folia de reis, o Boi-bumbá, o Boi tinga e o carnaval de rua.

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O início da mostra, que tem entrada franca, está marcado para às 17h, na Galeria Mestre Vitalino do Museu de Folclore Edison Carneiro, no Rio de Janeiro. A exposição fica em cartaz até 25 de novembro.

Um seminário sobre o centenário de Edison Carneiro, pesquisador que dá nome ao Museu de Folclore, no Catete, também será realizado pelo CNFCP, das 9h30m às 18h.

Edison Carneiro nasceu em Salvador, em 1912, e morreu no Rio de Janeiro, em 1972. Bacharel em direito, jornalista, etnógrafo, é referência no campo de estudos do folclore no Brasil, tendo se dedicado especialmente aos cultos afro-brasileiros.

Carneiro participou ativamente da mobilização de intelectuais em torna da criação de uma instituição nacional voltada pára a pesquisa, documentação e difusão das expressões da cultura popular.

O Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular (CNFCP) é uma instituição vinculada ao Iphan responsável por promover ações que busquem, por meio de pesquisa e documentação, conhecer as realidades específicas em que ocorrem as mais diversas expressões do fazer brasileiro, procurando acompanhar as constantes transformações por que passam, bem como apoiar e difundir os processos culturais populares, propondo e conduzindo ações para sua valorização e difusão.

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