Sem qualificação, jovens são os mais afetados pelo desemprego - e também os que podem ter mais oportunidades nos empregos verdes
Foto: Adela Nistora
Desde o dia que milhares de trabalhadores estadunidenses se uniram para pedir melhores condições de trabalho, em 1889, muita coisa mudou. Atualmente, no dia 1º maio, aniversário da Revolta de Haymarket. celebra-se o Dia do Trabalho, data que serve de lembrete das conquistas da classe trabalhadora e de reflexão sobre o que está por vir.
A última crise econômica mundial, desencadeada em 2008, deixou um rastro de desemprego que terá reflexos até 2017, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT). Até lá, as projeções indicam que a taxa de desemprego dos jovens, de 15 a 24 anos, atingirá 12,9%.
E não é só isso: pelo menos metade da força de trabalho mundial, cerca de 1,5 bilhão de trabalhadores, será afetada pela mudança no modelo de produção – que se volta agora para a sustentabilidade necessária para nutrir os nove bilhões de habitantes do planeta até 2050, em um mundo com recursos naturais finitos.
Futuro
Diante desse quadro, estão em ascensão os chamados Empregos Verdes ou Green Jobs. Basicamente, esses são postos de trabalho voltados à sustentabilidade, geralmente em setores que lideram a transição para a economia de baixo carbono, como a agricultura, pesca, energia, transporte e construção, entre outros.
Somente no Brasil, já existem três milhões de vagas ocupadas em setores verdes, em torno de 7% da força de trabalho formal. A União Europeia, líder mundial na área, já acumula 15 milhões de empregos novos no setor - mesmo com o desemprego crescente devido à crise econômica.
A OIT sugere, em um relatório, que o potencial da economia verde, é a criação entre 15 e 60 milhões de novos postos de trabalho extras pelos próximos 20 anos. Além disso, a entidade acredita que o sistema pode tirar milhões de trabalhadores da pobreza.
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