Foto: Argonne National Laboratory
Em termos gerais, a eficiência energética é a maior capacidade de um equipamento transformar a energia elétrica requerida para seu funcionamento em um produto final. Assim, uma lâmpada, que transforma a eletricidade em luz e calor, será mais eficiente na medida em que produzir mais luminosidade com a energia que consome.
Uma lâmpada incandescente comum, por exemplo, tem uma eficiência de 8% (ou seja, somente 8% da energia elétrica usada é transformada em luz e o restante aquece o ambiente). Já a eficiência de uma lâmpada fluorescente compacta, que produz a mesma iluminação, é de 32%, conforme dados do Instituto Nacional de Eficiência Energética (INEE).
Além dos processos industriais de otimização energética dos produtos, a eficiência energética pode ser obtida por meio da eliminação do desperdício e da adesão ao consumo racional de energia. Em uma residência, por exemplo, pode-se aumentar a eficiência energética ao se adquirir aparelhos com selos que comprovem a eficiência e ao se adotar medidas simples, como garantir uma vedação completa da geladeira ou pintar a casa com cores claras (encontre mais dicas clicando aqui).
Importância
Em uma época na qual o aquecimento global e as mudanças climáticas representam uma ameaça, a melhoria da eficiência energética é a solução mais econômica, eficaz e rápida para minimizar os impactos ambientais oriundos do consumo de energia e reduzir as emissões de dióxido de carbono na atmosfera.
A melhoria da eficiência energética traz uma série de benefícios não somente ambientais, mas também econômicos e tecnológicos. Conheça-os:
- Poupa recursos naturais;
- Diminui custos de produção;
- Possibilita a produção de bens cada vez mais baratos e competitivos;
- Reduz o consumo de energia e, consequentemente, a conta;
- Reduz a necessidade de se investir em infraestrutura e energia, pois é mais barato conservar do que gerar energia;
- Garante mais recursos para serem destinados a outros fins.
Cenário
Há um grande potencial de eficiência energética a ser explorado em todo o mundo, conforme revelou o relatório do Conselho Americano para uma Economia de Eficácia Energética (ACEEE), de julho de 2012. No Brasil, somente no setor industrial, a conservação da energia tem o potencial de redução desperdiçado de 55 Gigawhatts, segundo a publicação “Opções Tecnológicas em Energia”.
Em entrevista ao portal EcoD, o organizador da Coleção "Diretrizes da Economia Verde", Walfredo Schindler, chegou a ressaltar que somente com a modernização das antigas centrais hidrelétricas a geração de energia extra equivaleria a quase uma Belo Monte.
Algumas medidas, entretanto, já geram resultados concretos. É o caso do selo Procel, que classifica os eletrodomésticos conforme a eficiência energética em uma escala de A à E. O selo passa por revisões periódicas, implicando em uma constante busca da indústria por fabricar aparelhos mais eficientes. A partir de 2013, os produtos da atual Classe E terão a comercialização proibida.
A utilização de aparelhos mais eficientes acarreta uma economia na conta de luz que pode ultrapassar R$ 600 por ano, se for considerada a quantidade de aparelhos em uma casa. Só com o ar-condicionado, a diferença chega a ser de R$ 120.
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