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Empresas precificam carbono para torná-lo uma oportunidade econômica

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23/12/2013 às 6:00 • Atualizada em 28/08/2022 às 17:12 - há XX semanas
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Empresas em todo os EUA já vem reconhecendo que há um preço associado ao carbono que emitem
Foto: Matthew D. Wilson/Wikimedia Commons

A precificação interna do carbono tornou-se um elemento estratégico fundamental e uma prática operacional padrão para muitas empresas. Elas reconhecem que os efeitos das mudanças climáticas, incluindo eventos extremos e devastadores, têm um impacto sobre seus negócios e devem ser incluídos em qualquer avaliação de risco e planejamento de negócios em longo prazo.

Ao pensarem nisso, 29 grandes empresas de capital aberto (com sede nos Estados Unidos ou operando no país) divulgaram o preço interno sobre a poluição de carbono em 2013 para o CDP, organização internacional que atua junto a investidores e empresas de todo o mundo para prevenir as mudanças climáticas e proteger os recursos naturais.

A divulgação detalha tanto o risco quanto a oportunidade do negócio para uma ação rápida por parte das empresas. Os preços variam de US$ 6 a US$ 60 e são reportados por empresas de todos os setores da economia, incluindo energia, serviços públicos, companhias aéreas, tecnologia e indústria financeira. Entre as companhias incluídas no levantamento do CDP, 27 são listadas no S&P 500, enquanto as outras duas (BP e Royal Dutch Shell) têm sede no país.

As grandes companhias encontraram na precificação do carbono uma maneira de serem realistas, prudentes e úteis

“Muitas empresas em todo os EUA já vem reconhecendo que há um preço associado ao carbono que emitem e uma oportunidade econômica em considerar um preço para o carbono em seus modelos de negócios” , afirma Tom Carnac, presidente do CDP América do Norte.

Risco e oportunidade

“As empresas visualizam o estabelecimento de um preço interno para o carbono tanto como uma avaliação do risco, quanto como uma oportunidade de negócio. As companhias precisam tomar medidas para limitar a poluição de carbono antes da concorrência.”

Os preços do carbono utilizados variam de US$ 6 a US$ 60 por tonelada, de acordo com o relatório. Nos arquivos do CDP 2013, a Walt Disney Company observa um preço de US$ 10 a US$ 20, o Google de US$ 14 e a Xcel Energy de US$ 20. Outras empresas presentes no relatório são: Walmart Stores Inc, Delta Airlines, Microsoft e PG & E Corporation.

Uma divulgação do Walmart no relatório salienta: “Embora este custo adicional seja visto primeiramente como um risco, uma ação prévia do Walmart em reduções de emissões representa uma vantagem competitiva sobre outros varejistas que não realizaram tais projetos .”

Declarações similares foram feitas por cada empresa em sua divulgação, incluindo Wells Fargo Company. “O escopo de nossos procedimentos de gestão em relação aos riscos e oportunidades das mudanças climáticas inclui a consideração dos impactos de regulação, mudanças de comportamento e necessidades dos clientes, riscos de reputação e riscos climáticos nos próximos cinco anos.”

Como concluiu o relatório, “As grandes companhias encontraram na precificação do carbono uma maneira de serem realistas, prudentes e úteis. Nenhuma empresa enfrentou obstáculos significativos em seus negócios por atingir metas de redução de gases de efeito estufa (GEE) ou por planejar custos de carbono enquanto os regimes regulatórios evoluem.”

O relatório completo está disponível (em inglês) aqui!

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