Empresas em todo os EUA já vem reconhecendo que há um preço associado ao carbono que emitem
Foto: Matthew D. Wilson/Wikimedia Commons
A precificação interna do carbono tornou-se um elemento estratégico fundamental e uma prática operacional padrão para muitas empresas. Elas reconhecem que os efeitos das mudanças climáticas, incluindo eventos extremos e devastadores, têm um impacto sobre seus negócios e devem ser incluídos em qualquer avaliação de risco e planejamento de negócios em longo prazo.
Ao pensarem nisso, 29 grandes empresas de capital aberto (com sede nos Estados Unidos ou operando no país) divulgaram o preço interno sobre a poluição de carbono em 2013 para o CDP, organização internacional que atua junto a investidores e empresas de todo o mundo para prevenir as mudanças climáticas e proteger os recursos naturais.
A divulgação detalha tanto o risco quanto a oportunidade do negócio para uma ação rápida por parte das empresas. Os preços variam de US$ 6 a US$ 60 e são reportados por empresas de todos os setores da economia, incluindo energia, serviços públicos, companhias aéreas, tecnologia e indústria financeira. Entre as companhias incluídas no levantamento do CDP, 27 são listadas no S&P 500, enquanto as outras duas (BP e Royal Dutch Shell) têm sede no país.
“Muitas empresas em todo os EUA já vem reconhecendo que há um preço associado ao carbono que emitem e uma oportunidade econômica em considerar um preço para o carbono em seus modelos de negócios” , afirma Tom Carnac, presidente do CDP América do Norte.
Risco e oportunidade
“As empresas visualizam o estabelecimento de um preço interno para o carbono tanto como uma avaliação do risco, quanto como uma oportunidade de negócio. As companhias precisam tomar medidas para limitar a poluição de carbono antes da concorrência.”
Os preços do carbono utilizados variam de US$ 6 a US$ 60 por tonelada, de acordo com o relatório. Nos arquivos do CDP 2013, a Walt Disney Company observa um preço de US$ 10 a US$ 20, o Google de US$ 14 e a Xcel Energy de US$ 20. Outras empresas presentes no relatório são: Walmart Stores Inc, Delta Airlines, Microsoft e PG & E Corporation.
Declarações similares foram feitas por cada empresa em sua divulgação, incluindo Wells Fargo Company. “O escopo de nossos procedimentos de gestão em relação aos riscos e oportunidades das mudanças climáticas inclui a consideração dos impactos de regulação, mudanças de comportamento e necessidades dos clientes, riscos de reputação e riscos climáticos nos próximos cinco anos.”
Como concluiu o relatório, “As grandes companhias encontraram na precificação do carbono uma maneira de serem realistas, prudentes e úteis. Nenhuma empresa enfrentou obstáculos significativos em seus negócios por atingir metas de redução de gases de efeito estufa (GEE) ou por planejar custos de carbono enquanto os regimes regulatórios evoluem.”
O relatório completo está disponível (em inglês) aqui!
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