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Energia brasileira se tornou mais suja e situação deve piorar, alerta levantamento

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07/11/2013 às 15:45 • Atualizada em 29/08/2022 às 5:30 - há XX semanas
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Sozinha, a exploração do pré-sal deve emitir 330 milhões de toneladas de poluentes por ano
Foto: PAC 2

Contrariando a tendência mundial em investir em matrizes energéticas limpas, o Brasil mais do que dobrou as emissões de gás carbônico (CO2) do setor nos últimos 20 anos. Os dados são de um levantamento divulgado na quinta-feira, 7 de novembro, pelo Observatório do Clima.

Segundo o relatório, em 1990, o setor de energia era responsável pela emissão de 193,1 milhões de toneladas de gás carbônico. Número que saltou para 436,7 milhões de toneladas de poluentes em 2012.

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Emissão de CO2 por setor nos últimos anos: desmatamento despencou
Gráficos e cartazes: Observatório do Clima

De acordo com o secretário executivo do Observatório do Clima, Carlos Rittl, a tendência é que a emissão de gases de efeito estufa no setor cresça ainda mais. Um indicativo da projeção de alta é o plano em consulta pública do Ministério de Minas e Energia, que prevê prioridade nos investimentos em combustíveis fósseis nos próximos dez anos.

“Ele indica 72% de investimentos em combustíveis fósseis, em todos os investimentos para a área de energia. Isso é preocupante. A gente viu a celebração do governo pelo leilão do Campo de Libra, o primeiro grande leilão das reservas do pré-sal”, observou Rittl à Agência Brasil.

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Perfil

O levantamento constatou uma mudança no perfil das emissões brasileiras de gases de efeito estufa de 1990 a 2012. A energia e a agropecuária estão emitindo quase tanto poluentes quanto o desmatamento – que já chegou a emitir mais da metade do CO2 oriundo do Brasil, mas que continua líder absoluto no ranking com uma fatia de 32% das emissões.

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O crescimento das emissões do setor agropecuário deve-se, segundo Rittl, ao aumento do rebanho bovino com práticas pouco eficientes. “Essa nossa pecuária pouco eficiente, com um animal por hectare, com práticas de manejo muito precárias, acaba nos levando a esse aumento significativo de emissões”, ressalta.

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Em 1990, o Brasil emitiu 1,39 bilhão de toneladas de gás carbônico, sendo 815,8 milhões por mudanças no uso do solo. Em 2012, foi enviado para a atmosfera 1,48 bilhão de toneladas do poluente, 476,5 milhões ligados ao desmatamento.

Segundo o observatório, o crescimento pode parecer pouco, 7% na elevação das emissões brutas, mas a evolução da geração de poluentes é irregular e chegou a registrar picos de crescimento como os 2,85 bilhões de toneladas verificados em 1995.

O observatório reúne 35 organizações não governamentais e da sociedade civil interessadas nos efeitos das mudanças climáticas.

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