Greenpeace cobra os setores de tecnologia e mídia social para que reduzam seu uso de eletricidade gerada com o uso de carvão
Imagem:Divulgação
Obter um quarto da eletricidade que utiliza através de fontes de baixo carbono até 2015. Esta foi a meta anunciada na quarta-feira, 1º de agosto, pelo Facebook, maior companhia mundial de redes sociais. Para alcançar o objetivo, a empresa pretende posicionar um número crescente de suas centrais de processamento de dados em locais que tenham acesso fácil a fontes renováveis de energia.
O anúncio da meta é feito em meio a apelos de grupos ambientalistas, como o Greenpeace, para que os setores de tecnologia e mídia social reduzam seu uso de eletricidade gerada com o uso de carvão, enquanto dispara a demanda mundial por dados on-line.
"Estipulamos uma meta para a companhia de obter pelo menos 25% da energia que consumimos de fontes renováveis, até 2015", afirmou a companhia.
O Facebook acrescentou que daria preferência a locais dotados de acesso a energia limpa e renovável, ao decidir onde posicionar suas centrais de processamento de dados, que consomem muita energia. A companhia informou que, em 2014, colocará em operação uma central de processamento de dados construída perto do Círculo Ártico, na Suécia, que utilizará 120 megawatts de energia hidrelétrica. A unidade utilizará um sistema de refrigeração que aproveitará o ar frio da região e o canalizará para seus servidores.
Mas a companhia admitiu que, até lá, "nosso mix de energia e nossa geração de carbono podem piorar, antes que comecem a melhorar". A parcela da energia renovável no consumo do Facebook deve cair nos dois próximos anos devido a projeções de uma alta na demanda por eletricidade nas duas centrais atuais de processamento de dados do grupo, nos Estados Unidos: em Prineville (Oregon) e Forest City (Carolina do Norte), áreas nas quais a geração de eletricidade é dominada por usinas acionadas a carvão.
A companhia de mídia social, que tem 950 milhões de usuários em todo o mundo, informou que 23% da eletricidade que consome vieram de fontes renováveis em 2011; 27% de usinas acionadas a carvão; 17% de usinas acionadas por gás natural; e 13% de usinas nucleares. Acrescentou que os 20% restantes eram "indiferenciáveis", o que significa que usou eletricidade adquirida de companhias de energia que recorrem a fontes múltiplas no mercado aberto.
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