Foto: Håkan Dahlström
Atualmente, 80% da energia consumida no Rio Grande do Norte vem de fontes eólicas. Em abril, o estado nordestino ultrapassou a marca de 2 GW de potência eólica instalada em seu território. O feito se deu com a entrada em operação comercial de 18 unidades geradoras, somando 29.160 MW do parque eólico Morro dos Ventos II, de propriedade da empresa CPFL Renováveis S/A, instalados no município de João Câmara, região do Mato Grande.
Com isso, o RN chega a uma potência instalada de 2.020,157 MW. São 1.133 turbinas eólicas distribuídas por 75 usinas em todo o Estado. O fato ocorre há menos de 1 ano da quebra da barreira de 1 GW, que se deu em maio de 2014 e apenas três anos após o Brasil ter atingido a mesma marca, em 2012.
"O Rio Grande do Norte é o primeiro estado a ultrapassar a barreira dos 2GW eólicos, o que nos coloca em uma posição ímpar. Além disso, temos a maior matriz eólica estadual do Brasil", destacou à Tribuna do Norte o diretor de energia eólica do Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia (Cerne), Milton Pinto.
A produção de 2,02 GW no RN supera a de países europeus como Grécia, Bélgica e Noruega, se equiparando aproximadamente a Irlanda e Áustria. Sozinho, o Estado supera também o montante de potência instalada de todos os países da América do Sul juntos, com exceção do Brasil. Atualmente, a capacidade eólica nacional instalada é de 5.841 MW, de acordo com dados da Aneel.
Liderança nacional
Para o presidente do Cerne, Jean-Paul Prates, a quebra desse recorde é resultado do trabalho que vem sendo feito há quase uma década e que comprova o imenso potencial do Estado - o território potiguar é considerado um dos melhores locais do mundo para a produção de energia eólica.
"Foi um trabalho em várias frentes, envolvendo várias pessoas. O resultado é esse: em menos de um ano quebramos dois recordes: o do primeiro gigawatt e agora o segundo. Esse é um processo sem volta. Havendo contínuo apoio governamental, estou certo que o destino do RN é manter-se na liderança nacional em energia eólica por muitos anos", afirmou Prates.
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