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Geradores do palco da JMJ usam biocombustível produzido a partir do óleo de fritura

Os geradores que produzem parte da energia usada no palco principal da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), em Copacabana, nos telões ao longo da orla e nos sistemas de som são alimentados por biodiesel. O produto é resultado da transformação de resíduos de óleo de fritura, pelo projeto Bioplanet, em óleo diesel.

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26/07/2013 às 18:43 • Atualizada em 02/09/2022 às 2:36 - há XX semanas
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O papa Francisco participa da Festa da Acolhida, na orla de Copacabana
Foto: Fernando Frazão/ABr

Por Agência Brasil

Os geradores que produzem parte da energia usada no palco principal da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), em Copacabana, nos telões ao longo da orla e nos sistemas de som são alimentados por biodiesel. O produto é resultado da transformação de resíduos de óleo de fritura, pelo projeto Bioplanet, em óleo diesel.

Segundo a presidente do Conselho da Biotechnos, proponente do Bioplanet, Márcia Werle, os 5 mil litros de biodiesel que serão usados durante a jornada impediram que 60 milhões de litros de água fossem contaminados pelo óleo de fritura recolhido na capital fluminense.

O biocombustível é produzido com a transformação do óleo de fritura na unidade do Rioplanet, instalada no Polo de Sustentabilidade, em Honório Gurgel, na zona norte da cidade. Segundo Márcia, o projeto tem ao todo 40 arranjos produtivos nas 12 cidades-sede da Copa do Mundo e nos principais centros de treinamento.

Todos os peregrinos inscritos na Jornada receberam a mensagem sobre a utilização do produto e do resultado disso para o meio ambiente

O óleo de cozinha usado é recolhido por cooperativas de catadores no projeto do Rioplanet, que faz a coleta nas comunidades. “É um projeto socioambiental. O recolhimento é feito por essas cooperativas e gera renda para elas. O óleo está saindo do meio ambiente e estamos produzindo biodiesel, que é diferente por ser oriundo de oleaginosas”, explicou Márcia.

Segundo ela, alunos de várias escolas da rede pública do Rio já visitaram a unidade de produção do biodiesel, pois o projeto também inclui a educação ambiental. “A proposta é ter uma meta de produção de 50 mil litros de biodiesel neste arranjo exclusivamente a partir de óleos residuais”, explicou Márcia, acrescentando, que para chegar a esse total precisa trabalhar com 50 mil litros de óleo residual de fritura.

Captura de CO2

De acordo com a presidente, além evitar a contaminação de 60 milhões de litros de água, a ação vai capturar algo equivalente a 12,6 toneladas de gás carbônico. “Segundo estudos da Universidade de São Paulo, se utilizar 20% de mistura do biodiesel ao óleo diesel tem uma redução de 60% na emissão dos gases poluentes daquele motor. Então o biodiesel usado nesses geradores vai provocar esta redução”, explicou.

Márcia Werle informou que todos os peregrinos inscritos na Jornada receberam a mensagem sobre a utilização do produto e do resultado disso para o meio ambiente. “Todos vão saber que ao precisar descartar o óleo de fritura não devem fazer isso no ralo da pia e que precisam dar um destino correto”, enfatizou. Ela ressaltou que algo em torno de 1,495 bilhão de litros de fritura ainda são descartados no Brasil, ao ano.

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