Imagens: Reprodução
Agora além de conhecer a geografia de qualquer parte do mundo, através do Google Earth, será possível também apreciar a cultura dos lugares. O Google revelou seu primeiro mapa cultural nesta semana, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20). A tribo brasileira surui, localizada no Noroeste do estado de Rondônia, foi a primeira a ser mapeada.
O projeto levou cinco anos para ser desenvolvido e é composto por uma coleção de imagens e vídeos em 3D do mapeamento de locais históricos do território surui, que possui 600 mil hectares, além de áudios com narração do cacique da tribo. O mapa é uma ferramenta digital que irá ajudar a tribo amazônica a conhecer a floresta e a ajudar na denúncia de exploração madeireira ilegal."Nós realmente acreditamos nessa ação pioneira e inédita do Google", contou Rebeca Moore, gerente de engenharia do Google Earth Outreach ao portal Phys.Org."O povo surui e o Google trabalharam juntos para trazer a história da floresta para a comunidade global", completou.Para obter os dados a multinacional distribuiu smartphones Android para a tribo, para que os índios pudessem monitorar as florestas e denunciar extração ilegal de madeira em torno de seu território. Ao obter todas as informações eles acreditam que será possível configurar o projeto de carbono na Amazônia."Quando você voa sobre o território surui, você pode ver que é uma floresta virgem linda, mas que está rodeada de desmatamento", observou Moore.O cacique da tribo, Almir San Francisco Chronicle, relatou que escolheu anunciar o projeto na Rio+20 no intuito de aumentar a consciência da necessidade de uma utilização sustentável das florestas e para a preservação do modo de vida dos povos indígenas.O curta-metragemPara contar a história de como o projeto foi criado, o Google fez um curta-metragem intitulado de “Laços de Negociações e Flechas com Laptops: Carbono e Cultura”. O filme mostra como a tribo surui, que possui 1.300 membros, percebeu que a tecnologia é uma arma mais poderosa do que os arcos e flechas na defesa da exploração madeireira ilegal.Segundo Moore, após cinco anos dedicados ao primeiro projeto, eles acreditam ter chegado a metodologia para poder trabalhar com outras tribos. Ela ainda lembrou que já existe um projeto planejado para duas novas tribos vizinhas a surui, e que a pioneira será utilizada como formadora dessa tecnologia.Para obter o mapa basta acessar o Google Earth ou através do site www.paiter.org.Assista ao curta-metragem "Laços de Negociações e Flechas com Laptops: Carbono e Cultura". EcoDesenvolvimento.org - Tudo Sobre Sustentabilidade em um só Lugar.Veja também:
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