Gerente do departamento de consumo sustentável do Ministério do Meio Ambiente, Ana Maria Neto destacou cartilha sobre construção eficiente
Foto: Paulo de Araújo/MMA
Construir políticas públicas capazes de mudar hábitos e padrões de produção e consumo. Este foi o tema central em discussão no primeiro Simpósio Brasileiro de Políticas Públicas para Comércio e Serviços (Simbracs), realizado na quinta-feira, 29 de novembro, em Brasília.
O painel discutiu o Plano de Ação para Produção e Consumo Sustentáveis e foi conduzido pela gerente do departamento de consumo sustentável do Ministério do Meio Ambiente, Ana Maria Neto, com a participação de representantes da empresas Basf e Unilever, da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) e do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior.
“Quando lançamos o plano, em 2011, pensamos em metas e estratégias para os próximos cinco anos e nossa ideia é dobrar o número de consumidores conscientes até 2014”, projetou Ana Maria Neto. Pesquisa recente divulgada durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) apontou que apenas 5% dos brasileiros se preocupam, de fato, com o assunto no dia-a-dia.
A gerente ressaltou ainda que 99% das empresas no Brasil são de pequeno ou médio porte e, por isso, são fundamentais para os desafios da sustentabilidade. “Nós não conseguimos mudar padrões olhando apenas para a sociedade. Empresas e entidades também precisam se engajar”, complementou Ana Maria Neto.
Impactos ao meio ambiente
A cartilha Construção Eficiente, elaborada pelo Ministério do Meio Ambiente em parceria com a Basf, também foi abordada no painel. A publicação traz dicas e orientações simples, que estão ao alcance do consumidor no momento de planejar a obra. A proposta é ajudar as pessoas a entender melhor como é possível economizar recursos, evitar desperdício, aperfeiçoar tempo e minimizar impactos ao meio ambiente na hora da execução. Com uma tiragem de 300 mil exemplares, o documento será distribuído em todo o Brasil.
A Unilever ressaltou que o Plano de Ação para Produção e Consumo Sustentáveis foi importante para a elaboração das políticas da empresa com foco na sustentabilidade. O grupo foi, inclusive, um dos colaboradores da pesquisa "O que o brasileiro pensa do meio ambiente e do consumo sustentável", que mostrou que a população já percebe que há uma descentralização da responsabilidade em relação ao meio ambiente.
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