Ao menos seis empresas estão dispostas a romper com a JBS devido a origem obscura do gado/Foto: acmoraes
O maior produtor de carne do mundo, o grupo JBS-Friboi, foi acusado pelo Greenpeace de desrespeitar um acordo com a ONG firmado em 2009, no qual se comprometia a não comprar mais, no Brasil, animais criados em áreas desmatadas. Além disso, o relatório da organização ambientalista aponta outras possíveis irregularidades, como uso de trabalho em condições análoga a escravidão, compra de animais de terras indígenas e de áreas sob embargo.
Diante da acusação, a empresa poderá perder contratos de, pelo menos, seis companhias europeias consumidoras de derivados processados de carne bovina e de couro, de acordo com o próprio Greenpeace.
O JBS informou à Reuters que ainda não está de posse do relatório, que tão logo possível "será devidamente analisado e os pontos de divergência serão tecnicamente esclarecidos a todos". Apesar disso, a assessoria da empresa informou que teve conhecimento sobre o documento e, em "análise prévia, foram constatadas uma série de inconsistências nos dados apresentados pelo Greenpeace".
Falhas
O coordenador da campanha Amazônia, André Muggiati, afirmou que o Greenpeace teve várias reuniões com a corporação para discutir o assunto. "Estamos conversando com o JBS desde que o compromisso foi firmado. Tivemos muitas reuniões e o JBS falha em apresentar uma auditoria consistente... foram sucessivas falhas", ressaltou ao portal Exame.
Segundo ele, o levantamento do Greenpeace concentrou-se em Mato Grosso, que possui o maior rebanho no país e onde a ONG teve mais acesso a informações. "Num mundo ameaçado pelo aquecimento global, não é possível uma empresa admitir desmatamento em sua cadeia”, enfatizou Muggiati.
Com informações da Exame
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