Jardim Botânico do Rio de Janeiro
Foto: Wikicommons/feliven (cc)
Alertar a opinião pública e os governantes sobre a importância da proteção da Floresta Amazônica e seus habitantes. Este é o principal objetivo do Grito Pelo Planeta, evento que será realizado na quinta-feira, 19 de novembro, no Museu do Meio Ambiente, no Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
O evento, que será aberto ao público, com vagas limitadas e inscrições gratuitas, é organizado pelo Espaço Krajberg – Paris e o Instituto-E, junto com o Museu do Meio Ambiente do Jardim Botânico – em colaboração com parceiros internacionais e nacionais como Aliança Francesa, Consulado da França no Rio de Janeiro, Instituto Paula Saldanha e Unesco no Brasil.
A realização do encontro, às vésperas da Conferência das Nações Unidas por um Acordo Mundial sobre o Clima (COP21), que será promovida em Paris nas próximas semanas, também é estratégica.
Chamar atenção
Será uma manhã para encontros, trocas de ideias, de experiências sobre os problemas inerentes à Floresta Amazônica, tendo como base o Manifesto dos Ashaninkas. A ideia é chamar atenção sobre a urgência de se proteger efetivamente a maior floresta do planeta, guardiã de uma biodiversidade e de um patrimônio cultural fundamentais para o equilíbrio ecológico mundial.
O dia começa com a projeção do curta-metragem ‘Krajcberg, o Grito da Natureza – Expedições’, de Paula Saldanha, e segue com uma abertura realizada pelo próprio Frans Krajcberg, ao lado de Samyra Crespo (Jardim Botânico), Claude Mollard (Espaço Krajcberg), Guillaume Pierre (Consulado Francês), Benki Piyãko (líder indígena Ashaninka), Luis Lima (UNESCO no Brasil), Nina A. Braga (Instituto-E).
Debate e painel
Depois da leitura do Manifesto dos Ashaninka, a atriz Christiane Torloni media o debate ‘Desafios climáticos, ambientais e culturais da proteção da Floresta Amazônica e dos direitos dos povos indígenas’, que terá a participação de Rodrigo Medeiros (Conservação Internacional), Benki Piyanko (líder Ashaninka), Ianacula Rodarte Kamayura (líder indígena Kamayura), Naira Tukano (líder indígena Tukano) e Sergio Besserman (Uma Gota no Oceano).
Para encerrar, o painel ‘Perspectivas internacionais de engajamento entre arte e ação ambiental’ reúne os artistas Frans Krajcberg, Oskar Metsavaht (presidente do Instituto-E) e Ernesto Neto, com mediação de Paula Saldanha. Como Frans Krajcberg, que há mais de 50 anos denuncia a ‘loucura destrutiva dos homens contra seus pares e a natureza’, os artistas de hoje antecipam e incentivam as transformações necessárias para que tenhamos uma nova consciência e novas formas de viver. A arte contemporânea participa do debate democrático das ideias.
COP21
O Grito Pelo Planeta terá desdobramento na COP21, quando os líderes Ashaninka se juntarão a Frans Krajcberg e a centenas de representantes de diversos povos indígenas do Brasil e do mundo. Outros líderes emblemáticos dos povos indígenas, como os representantes dos Huni Kuim, Kayapós, Munduruku, Ashaninkas do Peru, Puyanawas e de outras etnias serão os porta-vozes dos povos da Floresta Amazônica.
Sua sabedoria ancestral, suas conexões com a natureza, seus valores culturais e espirituais são bens imateriais da humanidade e devem ser protegidos por todos.
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