Tanto no Mirai quanto no Honda, o gás hidrogênio é comprimido em tanques, como os de GNV, instalados no carro
O primeiro carro da Honda movido a hidrogênio será lançado na Califórnia (EUA) antes do fim de 2016, segundo anúncio feito pela montadora japonesa em 21 de janeiro. O sedã "Clarity", como o modelo foi batizado, deve ser comercializado por cerca de US$ 60 mil (cerca de R$ 250 mil), com parcelas mensais de menos de US$ 500 (R$ 2 mil) para leasing. Nesta modalidade bastante popular nos Estados Unidos, o bem continua em nome do próprio banco ou empresa arrendadora.
Antes dos EUA, o Clarity será vendido no mercado japonês, em março, e depois na Europa. Apenas 72 unidades foram produzidas no país asiático para o lançamento. O nome e a versão final do modelo, antes mostrado como o conceito FCV (sigla de sigla de "fuel cell vehicle" ou veículo movido a célula de combustão), foram revelados no Salão de Tóquio, em outubro passado.
Também em 2015 a Toyota lançou nos EUA o rival do Honda, o Mirai - o carro também é oferecido no Japão.
Ausência de estrutura
Recentemente, o site "Wards Auto" divulgou que a montadora chegou a pedir a alguns concessionários que parassem de vender o modelo na Califórnia. Posteriormente, a marca esclareceu que pediu que as entregas fossem adiadas até que fossem abertas novas estações de carga.
Nos EUA, há apenas 14 estações de recarga de hidrogênio abertas ao público, sendo 11 na Califórnia, de acordo com o Departamento de Energia do governo americano.
Funciona assim
Tanto no Mirai quanto no Honda, o gás hidrogênio é comprimido em tanques, como os de GNV, instalados no carro. Ele é levado para uma caixa onde entra em contato com o oxigênio que veio das generosas entradas de ar do carro.
Esse encontro produz a corrente que faz o motor elétrico funcionar e "empurrar" o carro. Ou seja: todo veículo "movido" a hidrogênio (ou FCV, sigla de "fuel cell vehicle") é, na essência, um elétrico.
Só que, em vez de carregar o carro na tomada, para dar nova carga à bateria, o hidrogênio é que produz essa energia. E o que ele solta pelo escapamento, em vez de gases nocivos como no caso do motor a combustão, é água.
Estrutura para que seja possível recarregar os tanques com facilidade ainda é inexistente em boa parte do mundo
Uma das vantagens em relação aos carros elétricos carregados na tomada ("plug-ins"), segundo as montadoras, é que a bateria demora muito mais para acabar porque a capacidade de compressão do hidrogênio nos tanques é grande.
Com mais fonte de energia, o carro consegue rodar uma distância muito maior, ou seja, tem mais autonomia - um dos maiores entraves para veículos elétricos, que descarregam mais rápido e requerem recargas mais frequentes.
Outro benefício é que reabastecer o tanque de hidrogênio demora cerca de 3 minutos em estações apropriadas (que ainda são raras mesmo na Califórnia) - enquanto um carro elétrico pode ter de ficar horas ligado à tomada para recarregar a bateria.
Em contrapartida, a tecnologia é mais cara, o que acaba sendo repassado para o custo do carro, e a estrutura para que seja possível recarregar os tanques com facilidade ainda é inexistente em boa parte do mundo.
(Com informações da Reuters e G1)
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