Efeitos da supertempestade Sandy, em outubro de 2012, no Haiti
Foto: Logan Abassi/ONU
As inundações e os terremotos são os desastres naturais que representam o maior risco para os habitantes de todo o mundo, de acordo com um estudo realizado pela seguradora suíça Swiss Re, publicado na quarta-feira, 18 de setembro. A pesquisa mostra que 308 milhões de pessoas poderiam ser afetadas por grandes inundações devido ao aumento dos níveis de água nos rios - cerca de 280 milhões de pessoas poderiam ser atingidas por terremotos severos.
O estudo, que abrange 616 centros urbanos em todo o mundo, avalia os riscos ligados a cinco tipos de desastres naturais, incluindo tsunamis e tempestades, além de estabelecer uma distinção entre o impacto humano, o número de dias de trabalho perdidos e o impacto da perda de produtividade na economia nacional.
Segundo o modelo da Swiss Re, as cidades da Ásia são as mais vulneráveis em nível humano. Na região de Tóquio - com Yokohama à frente - até 29 milhões de pessoas podem ser atingidas por terremotos.
Tóquio-Yokohama (Japão) também alcança o topo do ranking em termos de dias de trabalho perdidos, seguido por Osaka-Kobe e Nagoya.
Amsterdã-Rotterdã (Holanda) está em quinto lugar entre as cidades potencialmente mais expostas em termos de perda de produtividade, enquanto Los Angeles e Nova York (EUA) estão, respectivamente, em sexto e sétimo lugar. Paris (França) ocupa a nona posição.
Prejuízos econômicos
Quando a infraestrutura de uma cidade é danificada, a ponto de as pessoas não poderem ir para o trabalho, desastres naturais podem afetar de forma significativa a economia local e nacional.
De acordo com este estudo, um terremoto devastador em Los Angeles poderia afetar tantas pessoas quanto em Jacarta, mas a queda no valor devido aos dias de trabalho perdidos seria 25 vezes maior.
Cidades resilientes
Em algumas regiões, um desastre natural pode ter consequências graves para a economia nacional, mesmo quando o impacto se limita ao nível da própria cidade. Este é o caso, por exemplo, de Lima, no Peru, mas também em cidades menores, como San Jose, na Costa Rica, que são os principais centros de produção desses países.
Atualmente, 1,7 bilhão de pessoas vivem em centros urbanos, o que representa cerca de um quarto da população mundial. Em 2050, cerca de 6,3 bilhões de pessoas poderão viver na cidade.
Com informações da AFP
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