Japão: Indústria da carne de baleia opera no prejuízo, diz relatório

Consumo de carne de baleia está em queda no Japão, segundo documento
Foto: LonelyBob

A indústria que mais caça baleias no mundo, a japonesa, pode estar à beira de um colapso econômico, segundo um relatório divulgado pelo Fundo Internacional para o Bem-Estar Animal (International Fund for Animal Welfare, ou IFAW).

De acordo com o documento, a indústria baleeira japonesa sobrevive ainda hoje devido aos subsídios governamentais, cerca de US$ 9,7 milhões anuais pagos pelos contribuintes japoneses. Contudo, ainda assim, a indústria opera no vermelho, motivando a conclusão do documento de que caçar baleias não é mais economicamente viável.

O estudo sugere a substituição da atividade pela a observação de baleias, que movimenta mais de US$ 1,5 bilhão por ano em 90 países diferentes. Confira o estudo abaixo:

Proibição

Embora a caça de baleias esteja proibida desde os anos 80, os habitantes da terra do sol nascente possuem uma cota para a “caça científica” de baleias, que após a “pesquisa” têm a carne comercializada.

A carne da baleia foi considerada uma iguaria por muito tempo no país nipônico, mas é bem possível que esta já seja uma realidade superada. O relatório aponta que 88% dos japoneses não consumiram carne de baleia no último ano, e mais da metade se diz indiferente quanto ao consumo dessa carne. Quase 90% dos entrevistados declararam ser contra os subsídios para a indústria baleeira.

Petição

Enquanto isso, a Sea Shepherd, organização que luta pela conservação das baleias, lançou duas petições na página da Casa Branca, “We The People”, com dois objetivos: o apoio do Governo dos EUA em defesa da lei de conservação sobre a proteção das baleias em risco no Santuário de Baleias do Oceano Antártico; além da garantia de refúgio para o fundador da organização, o Capitão Paul Watson.

A organização divulgou que possui apenas 30 dias para recolher 100 mil assinaturas. “Os Estados Unidos afirma que se opõe à caça de baleias por parte do Japão, mas faz pouco para realmente dar um fim à prática”, critica uma das petições. Leia e assine-as aqui.