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Jovens usam tecnologia para mapear questões de saúde, economia e cultura em comunidades

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21/12/2015 às 13:30 • Atualizada em 28/08/2022 às 14:47 - há XX semanas
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Agentes de transformação são capacitados para ouvir outros jovens e aplicar questionários usando tablets e softwares especialmente desenhados, conhecendo seus hábitos e condições sociais, econômicas e culturais
Foto: Instituto Tim

Os jovens que participaram da terceira edição do projeto Agentes da Transformação receberam no dia 17 de dezembro os certificados de conclusão do processo formativo. A ação seleciona e capacita jovens das áreas estudadas para ouvir outros jovens e aplicar questionários usando tablets e softwares especialmente desenhados, conhecendo seus hábitos e condições sociais, econômicas e culturais.

Para realizar o estudo, os jovens usam um sistema de criação de formulários elaborado especialmente para o projeto. Outra inovação tecnológica foi o programa de geoprocessamento que possibilita a identificação de cada um dos domicílios visitados. A iniciativa Agentes da Transformação foi desenvolvida pelo Instituto Pereira Passos (IPP) e o Instituto TIM, com apoio do Fundo da ONU para a Infância (Unicef) e da Federação de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor).

Nesta terceira edição, 120 jovens foram formados e aplicaram a pesquisa em 18 comunidades ocupadas por Unidades de Polícia Pacificadora (UPP). Ao todo, foram realizadas 6 mil entrevistas com jovens de 14 a 24 anos nas comunidades. Ao longo dos três anos de projeto, já foram realizadas 14.500 entrevistas, capacitados 290 jovens e levantadas informações de 35 comunidades pacificadas do Rio de Janeiro.

Desafio de reduzir as desigualdades que afetam a vida das crianças e dos adolescentes

“Os dados podem ser utilizados de várias formas, principalmente para nortear as políticas públicas. Percebendo o perfil dos jovens dessas comunidades e as suas necessidades, é possível saber onde é preciso oferecer oportunidades em áreas como educação, saúde, esportes e lazer, entre outras. Ao selecionar jovens da própria comunidade para realizar as entrevistas, o projeto também estimula o conhecimento sobre o território onde vivem e fomenta a troca de experiência entre os bolsistas, que vêm de comunidades e realidades diferentes”, disse a diretora de Projetos Especiais do IPP e coordenadora do Projeto, Andréa Pulici.

A coordenadora do escritório do Unicef no Rio de Janeiro e coordenadora nacional da Plataforma dos Centros Urbanos (PCU), Luciana Phebo, destacou o desafio de reduzir as desigualdades que afetam a vida das crianças e dos adolescentes.

“Para buscar soluções efetivas, temos que conhecer cada vez melhor os territórios. Por isso, a importância desta pesquisa, que permite pensar a cidade a partir de dados produzidos nos territórios mais vulneráveis”, disse a representante. “Além disso, fazer essa escuta tendo os próprios jovens à frente contribui para que eles conheçam e valorizem sua força. E para que possam ser protagonistas das transformações necessárias para que a gente possa garantir os direitos de todos, sem deixar nenhum menino e menina de fora”.

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