"Eu sou amiga de todos os meus filhos", destaca a professora Edith Modesto
Imagem: Reprodução/Rádio ONU
A brasileira Edith Modesto é destaque na nova campanha das Nações Unidas sobre igualdade para lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros (LGBT), lançada na sexta-feira, 26 de julho. Em um vídeo, ela comenta o processo de aceitação ao descobrir que um dos filhos é homossexual.
"A partir da descoberta que meu filho caçula é gay, foi um processo que eu trilhei e que foi muito bom para mim, me tornou uma pessoa melhor. Eu fundei um grupo de pais que não existia no Brasil, um grupo de ajuda mútua. Eu sou amiga de todos os meus filhos, graças a deus, e também do meu filho gay", relata Edith.
Lançada na Cidade do Cabo (África do Sul), a campanha Livre & Igual é uma iniciativa do Escritório do Alta Comissariado da ONU para os Direitos Humanos.
A alta comissária Navi Pillay e o arcebispo emérito sul-africano Desmond Tutu anunciaram a iniciativa, que terá a duração de um ano. Ao lançar o projeto, Pillay lembrou que a Declaração Universal dos Direitos Humanos promete "um mundo onde todos nascem livres e iguais em direitos e dignidade, sem exceção."
Ela lamentou que milhões de homossexuais ainda enfrentam ódio, intolerância, violência e discriminação diariamente. Segundo Pillay, "mudar atitudes nunca é fácil, mas geralmente começa com conversas difíceis".
Diálogo e Respeito
E essa é a meta da campanha: inspirar o diálogo em milhões de pessoas no mundo sobre os direitos dos LGBTs. A iniciativa busca também aumentar a conscientização sobre homofobia, discriminação e violência. Durante um ano, serão lançados vários vídeos e "A História de uma Mãe do Brasil" é o primeiro da série de entrevistas com familiares de LGBTs pelo mundo.
Vários artistas apoiam a campanha Livre & Igual, como os cantores Daniela Mercury, Ricky Martin, Yvonne Chaka Chaka e a atriz de Hollywood, Celina Jitly.
Segundo o Escritório para os Direitos Humanos, pelo menos 76 países ainda criminalizam relações entre pessoas do mesmo sexo. Mas em todo o mundo, homossexuais, bissexuais e transgêneros são vítimas de violência e assassinatos.
Assista ao vídeo A História de uma Mãe do Brasil:
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