icone de busca
iBahia Portal de notícias
CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE
SUSTENTABILIDADE

Mata Atlântica ganha nova espécie de sapo

O Brasil tem a maior diversidade de anfíbios do mundo, e para aumentar essa lista, foi descoberto, em Guaraqueçaba, no Paraná, um sapo, que mede 1,5 cm e possui a cor alaranjada. A nova espécie foi denominada Brachycephalus tridactylus, por possuir apenas três dedos nos membros da frente.

foto autor

06/08/2012 às 10:00 • Atualizada em 01/09/2022 às 23:55 - há XX semanas
Google News iBahia no Google News

nova-especie-mata-atlantica-interna.jpg
A característica mais evidente que diferenciou esta espécie é que possui apenas três dedos nas patas anteriores
Fotos: Divulgação/Reuters

O Brasil tem a maior diversidade de anfíbios do mundo, e para aumentar essa lista, foi descoberto, em Guaraqueçaba, no Paraná, um sapo, que mede 1,5 cm e possui a cor alaranjada. A nova espécie foi denominada Brachycephalus tridactylus, por possuir apenas três dedos nos membros da frente.

O animal foi encontrado durante um estudo da Universidade Federal do Paraná, com apoio da Fundação Boticário, que buscava comparar a diversidade de rãs, pererecas e sapos em paisagens distintas.

O biólogo Michel V Garey foi o responsável pela descoberta. Ele encontrou o pequeno sapo em fevereiro de 2007 a mais de 900 metros de altitude da Reserva Natural Salto Morato, uma área 2,3 mil hectares de Mata Atlântica. Porém só no mês de junho deste ano, o animal foi reconhecido oficialmente pela revista internacional Herptologica.

O Brachycephalus tridactylus é a segunda espécie descoberta na região. Segundo Michael Garey, no Paraná existem mais de 120 espécies de sapos, no entanto, as informações sobre elas são muito poucas.

nova-especie-mata-atlantica-abertura.jpg

Declínio dos anfíbios

Segundo o portal O Globo, em todo o planeta, são mais de 6,7 mil espécies descritas de anfíbios. No entanto, de acordo com Garey, já se observa um declínio global por motivos como:

  • Poluição da água e do solo;
  • Desmatamento;
  • Aumento da radiação ultravioleta;
  • Doenças, fungos, vírus.

"Precisamos preservar os locais onde eles existem e estudar seus hábitos", afirmou o pesquisador. "A nova espécie, por exemplo, ocorre no topo dos morros onde o clima é mais ameno e úmido. Com o aumento da temperatura, ela pode não ter para onde ir, pois não existem lugares mais frios para ela se mudar", acrescentou.

Para o biólogo, a importância de listar mais uma espécie à vasta biodiversidade brasileira, ainda bastante desconhecida, é pautar medidas de conservação para preservar os habitats dos animais e dos biomas brasileiros.

EcoDesenvolvimento.org - Tudo Sobre Sustentabilidade em um só Lugar.

Leia também:

Foto do autor
AUTOR

AUTOR

Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!

Acesse a comunidade
Acesse nossa comunidade do whatsapp, clique abaixo!

Mais em Sustentabilidade