Apesar dos desafios, Steinmeier se mostrou convencido da viabilidade de realizar a transição energética
Foto: Stephan Roehl/Flickr/(cc)
O ministro das Relações Exteriores alemão, Frank-Walter Steinmeier, disse nesta quinta-feira, 17 de março, que implementar o Acordo de Paris contra a mudança climática implicará uma "reconstrução radical" das cidades, do transporte e do abastecimento de energia, informou a agência de notícias EFE.
O ministro realizou estas declarações ao discursar no Diálogo sobre Transição Energética, uma iniciativa do Executivo alemão realizada entre até esta sexta-feira (18) em Berlim.
O acordo de Paris, explicou, "representa uma reconstrução radical de nossas fontes de energia, nossas cidades e nossa mobilidade", o que obriga a começar quantos antes este processo de adaptação.
"Só poderemos implementar os compromissos de Paris se trabalharmos aqui e agora. Os verdadeiros esforços começam agora", garantiu.
Transição energética
Apesar dos desafios, Steinmeier se mostrou convencido da viabilidade de realizar a transição energética e, em consequência, das opções reais para eliminar totalmente o CO2 da economia global para finais de século. "Essa meta era quase impossível de se pensar há dez anos. Mas agora sabemos: a transição energética é tecnicamente possível e financiável", afirmou.
Steinmeier acrescentou que a transformação energética começou a pegar corpo tanto em países emergentes como industrializados e citou, como exemplos, "a União Europeia, Estados Unidos, China, Índia e Brasil".
Soluções inovadoras
Além disso, o ministro ressaltou a importância de apoiar os "países pobres", que carecem de "experiência, tecnologia e capital" dos outros para dar com "soluções inovadoras".
"São os que menos culpa têm com relação à mudança climática, mas são os que já na atualidade mais sofrem as consequências, de forma extrema em algumas ocasiões", acrescentou.
A Alemanha se encontra imersa em um ambicioso processo de transição energética que pretende ser referência internacional e que procura acabar com a dependência da energia nuclear para 2022 e substituir progressivamente nas próximas décadas os combustíveis fósseis por renováveis como solar ou eólico.
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