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Na COP-18, África apresenta propostas em agenda de quatro pontos

O Grupo dos Países Africanos que participam da 18ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-18) informou ter uma agenda de quatro pontos para apresentar aos delegados da cúpula realizada em Doha, no Catar. Há o receio de que o evento, cujo encerramento será no dia 7 de dezembro, termine como um dos "menos produtivos desde 2009", quando a COP-15, sediada em Copenhague (Dinamarca), frustrou as expectativas de boa parte do mundo.

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04/12/2012 às 8:00 • Atualizada em 02/09/2022 às 4:51 - há XX semanas
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O líder dos negociadores africanos afirmou que para garantir a segunda fase de cumprimentos do Protocolo de Kyoto
Foto: UN Photo/Guilherme Costa

O Grupo dos Países Africanos que participam da 18ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-18) informou ter uma agenda de quatro pontos para apresentar aos delegados da cúpula realizada em Doha, no Catar. Há o receio de que o evento, cujo encerramento será no dia 7 de dezembro, termine como um dos "menos produtivos desde 2009", quando a COP-15, sediada em Copenhague (Dinamarca), frustrou as expectativas de boa parte do mundo.

O porta-voz do Grupo de Negociadores Africanos, Seyni Nafo, afirmou que a COP-18 pode conseguir resultados concretos caso os delegados se atenham a temas que reforcem o multilateralismo. A informação foi concedida pela Comissão Econômica das Nações Unidas para África (ECA).

O embaixador de Cabo Verde junto às Nações Unidas, António Lima, ressaltou à Rádio ONU, antes da declaração do Grupo Africano, que é preciso mais ambição para se chegar a um consenso sobre o futuro do Protocolo de Kyoto, cuja primeira fase expira em 31 de dezembro de 2012 - e que tem renovação incerta.

"Os países mais vulneráveis de regiões como a África, os países insulares e menos avançados estão com apreensões e vontade de fazer o máximo para chegar a soluções positivas para nós todos. Aqui, em Doha, estamos diante do futuro do processso das mudanças climáticas e queremos que haja conclusões positivas em todos os grupos que discutem este processo", frisou Lima.

O líder dos negociadores africanos, Seyni Nafo, observou que para garantir a segunda fase de cumprimentos do Protocolo de Kyoto, que controla os limites de emissões de dióxido de carbono na atmosfera, seria preciso alocar também o financiamento necessário.

Mecanismos

Nafo defendeu que os países desenvolvidos têm que reduzir os níveis de emissões de gases que causam o efeito estufa em, pelo menos, 40% entre 2013 e 2017, levando-se em conta os níveis de emissões da década de 1990.

O chefe do Grupo Africano apontou que ainda existem brechas limitando o uso de mercado de carbono, por exemplo, e mecanismos em 10% da quantidade de emissões.

Nafo enfatizou ainda que o continente quer que todos os países contribuam com o Fundo para o Clima Verde, acelerando assim as urgências das nações em desenvolvimento.

Ele encerrou ao lembrar que a África já está sendo duramente afetada pelas mudanças climáticas, de acordo com o painel das Nações Unidas sobre o tema (UNFCCC). Segundo Nafo, o continente é o que menos contribui para o aquecimento global e, ao mesmo tempo, também é o menos preparado para encarar os efeitos do problema.

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