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Negociadores retomarão discussões sobre mudanças climáticas no início de 2013

Nos primeiros meses de 2013, os negociadores internacionais retomarão as conversas em busca de acordos globais sobre mudanças climáticas que levarão a uma proposta comum a ser fechada até 2015. O acordo refere-se à Plataforma Durban - em substituição ao segundo período do Protocolo de Kyoto, que estabelece os compromissos dos países desenvolvidos para a redução das emissões de gases de efeito estufa e estende as responsabilidades às nações em desenvolvimento.

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26/12/2012 às 14:20 • Atualizada em 02/09/2022 às 4:39 - há XX semanas
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Negociadores tiveram dificuldades para fechar o acordo esperado na COP-18
Foto: iisd.ca

Por Agência Brasil

Nos primeiros meses de 2013, os negociadores internacionais retomarão as conversas em busca de acordos globais sobre mudanças climáticas que levarão a uma proposta comum a ser fechada até 2015. O acordo refere-se à Plataforma Durban - em substituição ao segundo período do Protocolo de Kyoto, que estabelece os compromissos dos países desenvolvidos para a redução das emissões de gases de efeito estufa e estende as responsabilidades às nações em desenvolvimento.

Há consenso entre os países signatários da Convenção do Clima das Nações Unidas, que se propõem a definir os novos compromissos no prazo máximo de dois anos. O rascunho ficará pronto até o fim de 2014.

“Podemos esperar muitos avanços em 2013. Os países acertaram várias discussões ao longo do ano sobre os elementos desse novo acordo”, afirmou o secretário de udanças Climáticas do Ministério do Meio Ambiente, Carlos Klink.

A aposta dos negociadores é que, com a divulgação dos novos relatórios científicos do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) a partir de 2013, indicadores sobre a emergência do problema do clima sensibilize as nações ainda resistentes.

Os negociadores brasileiros não escondem o otimismo em relação às novas negociações, mesmo em meio aos resultados tímidos alcançados na última Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-18), em Doha, no Catar, entre o final de novembro e o início de dezembro.

Para os brasileiros, os resultados da COP-18 foram aquém do esperado. “A gente esperava mais de alguns temas, mas, pelo menos, conseguimos mantê-los na agenda, como por exemplo a questão de financiamento novo para os esforços dos países”, ponderou Klink, admitindo que alguns pontos “deixaram a desejar”.

No que se refere ao aporte de recursos para financiar medidas de adaptação, como obras de infraestrutura para enfrentamento de enchentes e inundações, a falta de ambição por parte dos países desenvolvidos foi justificada pela crise mundial que afeta muitas economias. “Ainda assim, vários países europeus mostraram boa vontade, alguns inclusive trazendo recursos novos. Não é o que gostaríamos, mas é uma sinalização”, acrescentou Klink.

Estudos alarmantes

A aposta dos negociadores é que, com a divulgação dos novos relatórios científicos do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) a partir de 2013, indicadores sobre a emergência do problema do clima sensibilize as nações ainda resistentes. Organismos internacionais, como o Banco Mundial, publicaram advertências ao longo de 2012.

Porém, a mensagem parece não ter surtido o efeito que os cientistas esperavam produzir nos debates que asseguraram o novo período do Protocolo de Kyoto, único tratado internacional para o clima. Além de metas tímidas, como apontaram observadores que acompanharam as negociações, nações que nunca ratificaram o acordo, como os Estados Unidos, mantiveram-se fora do documento.

Há poucas semanas, o governo canadense reiterou o anúncio de que não participa mais do protocolo, sob forte críticas de partidos da oposição, que consideraram a decisão “uma vergonha” na história do país.

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