Jornal passa a circular com a certificação de que seu papel é proveniente de florestas manejadas de forma ecologicamente correta
Foto: Daniel Teixeira/Estadão
Toda a cadeia produtiva do jornal O Estado de S.Paulo, desde a floresta que gera a fibra e a celulose para a produção do papel até a saída do jornal impresso no parque gráfico, passou a ter o selo sustentável FSC® (Forest Stewardishp Council) no domingo, 22 de setembro.
A OESP Gráfica já havia sido certificada em 2010. Agora, o jornal passa a circular com a certificação de que seu papel é proveniente de florestas manejadas de forma ecologicamente correta, socialmente justa e economicamente viável.
O FSC ® é um organismo internacional reconhecido no mundo todo e que desenvolve as normas para o uso de florestas, garantindo a conservação dos recursos naturais, condições justas de trabalho no campo e estímulo às boas relações com a comunidade.
O selo exibido na capa do jornal é da Cadeia de Custódia FSC®, que garante a rastreabilidade desde a produção da matéria-prima até a chegada do produto ao consumidor, além de olhar para as questões sociais na indústria.
"A empresa passa, assim, a funcionar como uma espécie de guardiã da marca FSC®, garantindo que o material usado na fabricação do jornal é mesmo certificado", afirmou ao Estadão.com David Escaquete, coordenador de Certificação Florestal do Imaflora. "Assim, a mensagem sobre a certificação pode ser transmitida aos consumidores para que eles sejam capazes de optar por um consumo responsável."
Critérios sustentáveis
O papel usado vem de florestas gerenciadas considerando a conservação dos ecossistemas, dos recursos hídricos, da vida silvestre e fornecendo condições dignas aos trabalhadores florestais.
É o primeiro jornal de grande circulação do país a receber o certificado. Ao todo foram treinados 348 funcionários, de diversas áreas para que conhecessem os critérios do FSC. Essa certificação tem validade de 5 anos e será auditada anualmente pela Rainforest Alliance™, por meio do Imaflora.
Manejo florestal
Escaquete afirma que, no entender de sua organização, "a certificação é a forma mais eficaz de garantir que a madeira usada na construção de nossas casas e móveis ou na produção de papéis foi extraída da floresta sem prejuízo para o ambiente e os trabalhadores".
Ele ressalta também a importância das florestas manejadas de modo responsável para mitigar as emissões de gases de efeito estufa. "Ao evitar a conversão de florestas nativas que estejam no seu entorno, elas combatem o desmatamento e a degradação, atividades que historicamente foram as responsáveis pela maior parte das emissões de carbono no Brasil."
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