Campanha quer recolher 1,4 milhão de assinaturas/ Imagem: Divulgação
O diálogo sobre o tema florestal é muito sensível no Brasil, no qual ambientalistas e agricultores se enfrentam no Congresso em torno do novo Código Florestal. Na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), a temática do desmatamento zero até 2020 foi incluída na mesa-redonda no dia 16 de junho por representantes de ONGs ambientalistas e do setor privado.
Segundo o portal Folha, os apelos pelo desmatamento zero vieram dos brasileiros Guilherme Leal, dono da Natura, e André Freitas, diretor do Imaflora, maior instituição certificadora de madeira do país; da equatoriana Yolanda Kakabadse, presidente do WWF mundial; e do alemão Klaus Töpfer, ex-secretário-executivo do Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente).
"Precisamos que governos se comprometam com um mundo de desmatamento zero", afirmou Freitas. "Desmatamento líquido zero em 2020", pediu Kakabadse. "Precisamos da eliminação do desmatamento", reforçou Leal, interrompido por aplausos.
Além do desmate zero, a restauração de 150 milhões de hectares já devastados também foi posta como recomendação para os chefes de Estado.
Como não poderia faltar, foram feitas críticas ao Código Florestal Brasileiro. "Existem países no mundo, como o Brasil, onde ainda é legal fazer desmatamento. Existem países no mundo onde os membros de um Congresso eleito querem dar anistia a desmatadores ilegais", criticou Freitas, também interrompido por uma salva de palmas.
Campanha Desmatamento Zero
A organização não governamental Greenpeace quer acabar com o desmatamento das florestas brasileiras e lançou no dia 15 de junho uma campanha para recolher 1,4 milhão de assinaturas e apresentar um projeto de lei de iniciativa popular ao Congresso Nacional.
O lançamento da Campanha Desmatamento Zero é feito durante a Cúpula dos Povos, evento da sociedade civil paralelo à Rio+20, organizada no Aterro do Flamengo, na Zona Sul da cidade do Rio.
A minuta do projeto de lei divulgado pelo Greenpeace contém cinco artigos. Um deles, diz que em casos de segurança nacional ou de questões de Defesa Civil, de pesquisa, de manejo florestal, de atividade social e utilidade pública, a proibição do desmatamento não se aplica.
De acordo com a organização não governamental, na Amazônia, foco da campanha, 43% da floresta está protegida em áreas indígenas ou unidades de conservação. Porém, mesmo nessas reservas, há o avanço do desmate – reflexo, principalmentes da criação de gado.
As assinaturas serão recolhidas na cúpula até o dia 22. A campanha seguirá na internet e conta com o apoio do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) e da Igreja Católica.
Com informações do portal Folha e Agência Brasil
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