Assim como o CO2, as nuvens podem interferir no clima
Foto: Ludmila Tavares
Assim como o CO2, as nuvens podem interferir no clima. Aquelas que são formadas em regiões altas (até 18km da superfície terrestre), refletem os raios do sol para o espaço e proporcionam um "esfriamento" da Terra. Já as mais próximas do solo, retêm o calor emitido do solo (radiação infravermelha) e criam uma espécie de "estufa".
Para mensurar o grau de influência das nuvens durante o aquecimento global, os cientistas norte-americanos, do Centro Nacional de Pesquisas Atmosféricas (NCAR), John Fasullo e Kevin Trenberth, desenvolveram um indicador para ser inserido em modelos climatológicos usados em centros mundiais de pesquisa. O método usa como parâmetro a umidade relativa do ar.
O professor do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP) e membro do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), Paulo Artaxo, explicou ao portal G1.com que o método vai tentar descobrir qual dos dois tipos de nuvens irá predominar com o aquecimento global. "Se as nuvens predominantes forem aquelas que absorvem o calor do solo, a temperatura global pode aumentar em 5º C. Já no cenário otimista, se predominarem nuvens que absorvem a radiação do sol, o planeta esquentará menos", afirmou.
Ainda de acordo com Artaxo, a falta de dados sobre a formação de nuvens é um dos principais problemas enfrentados pelos pesquisadores, que também pretendem descobrir qual a interação delas com os gases causadores do efeito estufa.
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