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SUSTENTABILIDADE

PETs e bagaços podem ser usados pela indústria médica e cosmética

Um cientista brasileiro descobriu que por meio da queima de garrafas PETs, bagaço de cana de açúcar, resíduos de milhos e pneus velhos é possível produzir nanotubos de carbono. Essa novidade pode ajudar a indústria brasileira a obter maior variabilidade de dispositivos na medicina, na produção de cosméticos, implantes e de aparelhos eletrônicos.

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19/06/2013 às 16:00 • Atualizada em 27/08/2022 às 13:40 - há XX semanas
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nanotubos
Os nanotubos de carbono são 50 mil vez mais finas que um fio de cabelo.
Foto: Divulgação

Tudo começa com produtos que na sua casa poderiam se transformar em lixo. Mas um cientista brasileiro descobriu que por meio da queima de garrafas PETs, bagaço de cana de açúcar, restos de milhos e pneus velhos é possível produzir nanotubos de carbono. Essa novidade pode ajudar a indústria brasileira a obter maior variabilidade de dispositivos na medicina, na produção de cosméticos, implantes e de aparelhos eletrônicos.

Além de seus potenciais usos, a novidade ajuda a reduzir a poluição ambiental, ao evitar que gases poluente sejam liberados para a atmosfera, reduz a quantidade de lixo no mundo, também evita a extração de novos recursos naturais. Essa descoberta foi feita pelo físico brasileiro Joner de Oliveira Alves, ele realizou testes em laboratório com os quatro tipos de resíduos durante a tese de doutorado para chegar a este resultado, informou a Info.

Para transformar todos estes resíduos em alta tecnologia, os materiais orgânicos e inorgânicos são incinerados em um forno e depois filtrados, por meio de um processo químico. Em seguida, é liberado hidrogênio, um gás limpo lançado no ar, e carbono, em forma de pó. Eis que surgem os nanotubos, estrutura 50 mil vez mais finas que um fio de cabelo.

Este material costuma ser exportado pelo país, mas é usado como reforço em materiais poliméricos e cerâmicos e tem um vasto campo de aplicações na indústria. Porém ainda não existem empresas que produzem esses materiais em larga escala no Brasil. A indústria cosmética é a que mais tem investido nesse tipo de material. "Como os nanotubos são partículas muito pequenas, conseguem penetrar em camadas da pele que outras substâncias não alcançam", afirma Joner.

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