Lyon, na França, contou com plano de arborização de uma década
Foto: C D _Fr/Flickr/(cc)
A Rede Nossa São Paulo lançou nesta quarta-feira, 6 de abril, uma plataforma com exemplos e ideias para implementação dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável para a gestão municipal. São 17 objetivos e 169 metas que apontam soluções para os grandes problemas sociais e ambientais até 2030. A lista foi referendada pelos países-membros da Organização das Nações Unidas (ONU).
O material de apoio está disponível no site da organização e tem como finalidade balizar as ações de prefeitos e as cobranças de eleitores nas eleições municipais de outubro próximo. “[Que] os eleitores e os cidadãos possam também olhar como critério do seu voto, escolher como candidato e candidata aqueles que eles acreditam que tenham mais condições de levar adiante essa agenda”, ressaltou à Agência Brasil o coordenador da Nossa São Paulo, Oded Grajew.
Ele disse que as metas são uma forma de dar parâmetros para os gestores municipais na execução de políticas públicas. “O desenvolvimento sustentável é uma escolha que depende dos indicadores que você vai olhar e uma excelência de gestão. Trabalhar com uma agenda que tenha eixos, indicadores, metas, sugestões e apoio de casos exemplares, de referências. Ajuda muito a transformar boas intenções em ações concretas”, disse na apresentação da plataforma.
As propostas e o sistema de avaliação do cumprimento de metas estão baseadas, segundo o coordenador executivo da rede, Maurício Broinizi, em critérios já estabelecidos para avaliar o desempenho em cada área. “Nós não inventamos indicadores, nós tentamos captar tudo aquilo que existe em algum lugar em que está sendo medida ou mensurada alguma política pública”, destacou.
Exemplos
Entre os exemplos de boas práticas figura a cidade francesa de Lyon. Ela conseguiu superar a marca de 32 metros quadrados de área verde por habitante. O mínimo recomentado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) é de 12 metros quadrados por habitante. “Isso fez com que diminuíssem as ilhas de calor, a cidade tivesse um reequilíbrio térmico e também captasse mais os gases de efeito estufa”, enumerou Broinizi sobre os benefícios do verde para a cidade.
Os resultados foram conseguidos, disse ele, após um programa de mais de dez anos de arborização. “Além disso, foi uma das primeiras cidades que protagonizou um plano de transporte metropolitano”, acrescentou.
A cidade de São Paulo também apareceu como uma iniciativa a ser seguida na área de igualdade de gênero. Uma lei aprovada recentemente determina que pelo menos 50% das vagas nos conselhos participativos municipais sejam ocupados por mulheres.
O presidente da Frente Nacional de Prefeitos, Jairo Jorge, enfatizou a urgência de se pensar na sustentabilidade das cidades. “Quem administra cidades a partir de 2012 vive mudanças climáticas profundas. Isso está alterando a vida nas nossas cidades e dos nossos cidadãos, alterando a qualidade de vida. A sustentabilidade tem que ser algo estrutural, não periférico nas nossas gestões”, ressaltou Jorge, que é prefeito de Canoas (RS).
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