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SUSTENTABILIDADE

Projeto de complexo sustentável da Odebrecht está em lista mundial do C-40

Com previsão de estar completamente concluído até 2020, o Parque da Cidade será composto por 10 edificações: cinco torres corporativas, uma de escritórios, duas residenciais, um shopping e um hotel, cujo eixo principal é um parque linear de 62 mil metros quadrados. O empreendimento promete uma série de critérios sustentáveis em áreas como eficiência energética, redução de CO2, gestão adequada da água e do solo e transporte alternativo aos veículos convencionais. O projeto está entre os 18 que integram uma lista do grupo das maiores metrópoles do mundo.

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16/10/2012 às 16:45 • Atualizada em 30/08/2022 às 13:40 - há XX semanas
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Área do complexo onde estarão os restaurantes.
Imagens: Divulgação

Um projeto referência em sustentabilidade e comprometido com o desenvolvimento urbanístico ordenado. É assim que a Odebrecht Realizações Imobiliárias (OR) define o Parque da Cidade, empreendimento na cidade de São Paulo composto por 10 edificações, sendo cinco torres corporativas, uma de escritórios, duas residenciais, um shopping e um hotel, com previsão de estar totalmente concluído até 2020 (foi lançado em 2012 na capital paulista).

De acordo com o grupo, um dos principais braços da construtora baiana, o conjunto de soluções dos projetos arquitetônico e paisagístico observa os impactos ambientais, a qualidade de vida das pessoas e também os benefícios para a região. A área do Parque da Cidade será de aproximadamente 80 mil m², dos quais 22 mil m² são de área verde.

O empreendimento está entre os 18 projetos do mundo que participam do Climate Positive Development Program – iniciativa do grupo C-40 (Cities Climate Leadership), desenvolvida pela Fundação Clinton em parceria com o U.S Green Building Council, criado para enfrentar os desafios decorrentes da rápida urbanização e das mudanças climáticas.

O programa apoia o desenvolvimento de projetos de grande escala urbana, como o Parque da Cidade, que demonstram que as cidades podem crescer de maneira sustentável e reduzir a emissão de CO2, tornando-os referência internacional para outros empreendimentos.

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Imagem aérea do complexo Parque da Cidade

Segundo a Odebrecht, o Parque da Cidade desenvolveu soluções que o tornam elegível para a obtenção da certificação inédita na América do Sul, Leed ND, concedida pelo US Green Building Council, atestando que os benefícios alcançam também aqueles que frequentarão o Parque da Cidade nos fins de semana, os moradores das imediações e os que estiverem ali apenas de passagem - o empreendimento é permeável, sem muros, aberto a todas as pessoas (moradores dos residenciais e do entorno).

“São Paulo é uma metrópole que propõe grandes desafios. Cada detalhe do Parque da Cidade foi cuidadosamente planejado para melhorar a vida das pessoas e trazer impactos sociais e ambientais positivos para a região e para a cidade”, destacou Paulo Melo, diretor regional da OR.

Com um valor geral de vendas da ordem de R$ 4 bilhões, a implantação do projeto promete melhorias para o bairro com serviços de infraestrutura, acessibilidade e mobilidade urbana.

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Instalações para uso da comunidade, parques, serviços essenciais e espaços públicos devem garantir a comodidade para as 65 mil pessoas que circularão diariamente pelo local. Estão previstos:

• Ruas e calçadas amigáveis, melhorando a acessibilidade para os pedestres e estimulando as caminhadas;
• Promoção do uso de bicicletas com a criação de infraestrutura adequada, inexistente atualmente no local, como ciclovias, bicicletários e vestiários em todas as torres do empreendimento e no parque;
• Programa de caronas compartilhadas, com vagas preferenciais nos estacionamentos;
• Incentivo ao uso de carros elétricos, com vagas preferenciais e pontos de recarga nos estacionamentos;
• Sistema de vans (elétricos ou híbridos) interligando o empreendimento às estações de trem e metrô.

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Praça com bancos próxima à lagoa

Já em relação à eficiência energética, o projeto do Parque da Cidade inclui:

• Fachadas de alto desempenho, com vidros de alta performance que minimizam o uso de energia elétrica e ar condicionado;
• Telhado verde e teto reflexivo;
• Sistema de cogeração local para aquecimento e refrigeração, a partir de geradores a etanol – pouco comum no Brasil – que reduzem em aproximadamente 70% a emissão de gases de efeito estufa em relação aos modelos a diesel (em estudo).

Quanto à geração de resíduos, a Odebrecht projeta que, além de reduzir, reutilizar e reciclar os materiais, o Parque da Cidade contará com tratamento de resíduos orgânicos e programas educacionais para reduzir ao máximo os resíduos destinados para aterros. "Um dos diferenciais é a utilização de um sistema que permite a coleta a vácuo dos resíduos, com tubulações compostas por entradas específicas para cada tipo.

Também será promovida a reciclagem e o reuso de resíduos, além da geração de energia a partir do lixo orgânico e compostagem, minimizando assim a emissão de gás metano na atmosfera."

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Paisagismo
As áreas verdes permeáveis minimizam as ilhas de calor, atuam como barreiras acústicas e de ventos e favorecem a retenção de águas pluviais com os jardins de chuva e bacias estendidas.
As plantas, que compreendem o plantio de mais de mil árvores de 30 espécies nativas, foram dispostas como uma paleta de cores, com gradações e tons diferentes, aumentando a sua atratividade. Além do potencial contemplativo, o paisagismo tem funcionalidades específicas. Foram escolhidas espécies para a faixa próxima à Marginal que funcionam como barreiras acústicas e de vento. Para eliminar as ilhas de calor, o desenho de todo o projeto leva em consideração as orientações das correntes de ar e o sombreamento projetado pelas torres e pelas árvores.
O grande volume de chuvas que costuma cair sobre São Paulo determinou pontos importantes no projeto paisagístico. Por este motivo, foram criados ambientes que permitam às pessoas usufruir da área externa sem se molharem. As chuvas também fizeram com que fosse criado o máximo de áreas permeáveis, retendo um maior volume de águas pluviais, o que alivia o próprio sistema da cidade e, ao mesmo tempo, aumenta a captação para o reuso. O paisagismo do Parque da Cidade também é dotado de lago, com caixas de retardo ampliadas para um maior acúmulo das águas, e calçadas com biorretenção.

Gestão da água

As soluções asseguram o abastecimento do Parque da Cidade, estimulam o uso racional e eficiente da água potável e promovem o tratamento de efluentes e o manejo de águas pluviais. Juntas, elas reduzirão em até 67% o consumo de água tratada, segundo a Odebrecht. Destacam-se:

• Captação de água de chuva;
• A construção de Estação de Tratamento de Efluente;
• Tratamento e reuso de águas residuais cinza;
• Paisagismo estruturado para maximizar a retenção de águas pluviais – jardim de chuva, telhado verde, calçada com bioretenção e bacia estendida;
• Uso de dispositivos de baixo consumo;
• Esgoto a vácuo e mictórios secos;
• Controle de consumo para promover a conscientização dos usuários;
• Sistema de irrigação inteligente, com estação meteorológica e medidores de umidade do solo.

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