A feijoa é a fruta tradicional em pesquisa no Brasil/Foto:HortResearch/Divulgação
Mais de 900 milhões de pessoas no mundo não tem o que comer, segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), e a cada três segundos alguém morre de fome. Para ajudar a diminuir esse problema, um projeto internacional de pesquisa de biodiversidade está apostando em alimentos tradicionais ou ainda não domesticados que foram trocados por comidas mais massificadas, ou seja, no aproveitamento da variedade de alimentos que a natureza pode oferecer.
Países como o Brasil, Quênia, Sri Lanka e Turquia, lideram a iniciativa, lançada no final de abril desse ano de 2012, e que será um dos temas da Rio+20, a Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável.
O objetivo da pesquisa é identificar pelo menos 150 espécies de plantas, animais e fungos nesses países, avaliar o valor nutricional de cada uma delas e então empreender ações para aumentar seu consumo.
No oeste do Quênia, por exemplo, a aposta está nas formigas brancas, bastante consumidas na região e que são consideradas fontes de proteínas. Já no Brasil a feijoa ou goiabeira-serrana é a novidade, fruta similar à goiaba e que tem como habitat natural uma área que se estende de Santa Catarina para o sul.
“Se chegarmos à conclusão de que a espécie tem uma composição nutricional que possa ajudar as populações vulneráveis, fazemos a promoção em nível local e junto às autoridades”, explicou, de Roma ao G1, a especialista Teresa Borelli, da organização Bioversity, que coordena internacionalmente o projeto.
A ideia principal do programa é mostrar que o alimento pode ser cultivado ou mesmo retirado da floresta. A iniciativa ainda pode ter outro efeito: ao conhecerem as propriedades nutricionais de determinadas plantas ou animais, os habitantes de cada região podem melhor conservá-las. A pesquisa também prevê a domesticação de espécies selvagens.
Com informações do G1
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