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Quase metade da madeira extraída do Mato Grosso é ilegal, diz Imazon

Quase metade da madeira extraída no Mato Grosso (47%), entre agosto de 2010 e julho de 2011, teve origem ilegal, segundo revelou imagens de satélite divulgadas pela Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia). A análise de 139.407 hectares detectou um aumento de 3% no percentual, em comparação ao mesmo período do ano anterior.

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29/10/2012 às 10:00 • Atualizada em 02/09/2022 às 5:17 - há XX semanas
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Exploração madeireira é atividade antiga no estado
Foto: c.alberto

Quase metade da madeira extraída no Mato Grosso (47%), entre agosto de 2010 e julho de 2011, teve origem ilegal, segundo revelou imagens de satélite divulgadas pela Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia). A análise de 139.407 hectares detectou um aumento de 3% no percentual, em comparação ao mesmo período do ano anterior.

Os municípios com maior exploração ilegal estão situados na fronteira do estado, região na qual a atividade agropecuária está em expansão.

Um dos autores do boletim, o pesquisador André Monteiro, afirma que a alta evidencia deficiências na fiscalização e se difere do que é percebido em outros estados de intensa atividade madeireira. "O Pará, por exemplo, está seguindo o caminho inverso. Há alguns anos, quase toda a madeira produzida lá era irregular e, aos poucos, esta proporção está se equilibrando", ressaltou ele ao Estadão.

Praticamente, a exploração não autorizada concentrou-se em áreas privadas, devolutas ou sob disputa (99%). No restante, equivalente a 1%, ou 602 hectares, a madeira foi extraída ilegalmente de áreas protegidas, assentamentos de reforma agrária e unidades de conservação. Os municípios com maior exploração ilegal estão situados na fronteira do estado, conforme pode ser visualizado no mapa abaixo, região na qual a atividade agropecuária está em expansão.

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Imagem: reprodução/Imazon

Apesar dos números pessimistas, o estudo do Imazon detectou uma queda geral na exploração madeireira na região. Em comparação à análise anterior, houve uma redução de 41% (52.294 hectares) na exploração autorizada e de 34% (34.346 hectares) na atividade conduzida de maneira ilegal.

Operação

No final do ano passado, foi deflagrada Operação Custódia Juína pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) em Mato Grosso. A operação resultou na aplicação de mais de R$ 3,5 milhões em multas e no embargo de 700 hectares de áreas desmatadas ilegalmente, o equivalente a 700 campos de futebol.

De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em 2011, Mato Grosso desmatou, ao menos, 1.126 quilômetros quadrados de floresta, aumento de 20% em relação a 2010.

Leia aqui o boletim completo sobre a extração madeireira no Mato Grosso

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