O resultado está acima da média mundial. Foto: Paolo Rosa
O oceano no Brasil está levemente mais “saudável” do que em grande parte dos países, embora ainda tenha muito a avançar. A constatação é do “Índice de Saúde do Oceano”, estudo realizado pela Conservação Internacional (CI) e publicado na revista Nature, dia 15 de agosto. O levantamento, que avalia a qualidade das áreas costeiras de 171 países, ilhas e territórios, atribuiu ao Brasil a 35ª posição, com nota 62 de um total de 100.
Apesar do resultado não parecer muito bom, está acima da média mundial (60) e próximo ao de países desenvolvidos, tais quais Estados Unidos (63) e França (66). As melhores posições no ranking foram obtidos por ilhas inabitadas, como as Ilhas Jarvis (a líder com 86). A exceção é a Alemanha, que teve a melhor nota entre países desenvolvidos (73). Já a nota mais baixa foi para Serra Leoa (36).
Para mensurar a saúde dos oceanos, o índice leva em consideração dez itens, entre eles a viabilidade da pesca, a presença de biodiversidade e a capacidade dos mares de estocar gases do efeito estufa.
O Brasil ficou abaixo da média em quatro deles: produtos naturais marinhos, subsistência/economias, águas limpas e turismo/recreação. Este último se destaca, pois o Brasil obteve a nota zero, possivelmente por falta de informações de qualidade sobre o atual estado do setor.
A maioria das regiões marinhas avaliadas ficam nas chamadas zonas econômicas exclusivas nacionais, águas a uma distância de 350 km da costa sobre as quais cada país tem direitos de exploração exclusivos.
As notas do Brasil no “Índice de Saúde do Oceano”
- Provisão de Alimentos: 36
- Oportunidades de Pesca Artesanal: 88
- Produtos Naturais: 29
- Armazenamento de Carbono: 93
- Proteção Costeira: 86
- Subsistência & Economia: 51
- Turismo & Recreação: 0
- Identidade Local: 81
- Águas Limpas: 76
- Biodiversidade: 84
Veja também:
Leia também:
Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!