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SUSTENTABILIDADE

Reaproveitamento de resíduo da mandioca pode gerar bioenergia

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19/03/2015 às 10:10 • Atualizada em 28/08/2022 às 20:14 - há XX semanas
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Casas de farinha e fecularias, em suas produções, despejam uma grande quantidade de manipueira nos ecossistemas gerando inúmeros prejuízos
Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação

A estudante Eliane Assunção, do mestrado em Bioenergia da Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC), em Salvador, projetou, por meio de seu trabalho de conclusão, o reaproveitamento de um resíduo tóxico para produzir uma fonte energética alternativa.

O trabalho tem como objetivo evitar o descarte indiscriminado da manipueira (líquido de cor amarelada extraído da mandioca depois que ela é prensada, durante o processo de fabricação da farinha) no meio ambiente e usá-la como combustível, por meio da micro destilaria de etanol, a Coopasub, localizada em Vitória da Conquista, no interior da Bahia.

“O que acontece é que as casas de farinha e fecularias, em suas produções, despejam uma grande quantidade de manipueira nos ecossistemas gerando inúmeros prejuízos. Assim, projetei o uso dela como fonte de energia alternativa, que traz inúmeros benefícios socioeconômicos”, destaca a aluna do Mestrado.

E completa: “A proposta foi pensada diante do impacto negativo da manipueira no ambiente, pois o resíduo apresenta uma elevada quantidade de matéria orgânica prejudicando a natureza e a saúde da população. Desse modo a manipueira acena como uma alternativa mercadológica de uma ‘indústria limpa’”, explica.

Condições rentáveis
Para Eliane o contato com os docentes de Bioenergia e o olhar sobre a situação vivida pela cidade de Vitória Conquista a fizeram idealizar o trabalho do mestrado.

eliane-ecod.jpg“As conversas com os professores Fábio Macedo, Astrid Gonzales e Victor Hugo, junto com a análise do município, me ajudaram bastante no processo. A cidade possui uma alta produção de mandioca e derivados, consequentemente um alto volume de manipueira, o que representa um problema ambiental. A partir desse quadro meu interesse foi despertado para a produção de etanol, no mesmo local, Coopasub, em que já se produz biofertilizante”, revela Eliane.

Segundo a estudante, o estudo apontou que as condições são rentáveis para a produção de etanol a partir da manipueira. Ela destaca que algumas prefeituras já estão interessadas no trabalho.

“O projeto se mostrou viável financeiramente e mercadologicamente dentro da micro destilaria de etanol na Coopasub, permitindo descrever a oportunidade de mercado identificada e o público alvo que será beneficiado com essa produção. Com isso pode-se contratar pesquisadores para aprimorarem a produção, o que já chama a atenção das prefeituras”.

Trabalho interdisciplinar
Orientador do trabalho de mestrado de Eliane Assunção, o professor Fábio Macêdo aponta como foi a relação com a aluna. “Durante todo processo de produção ela foi muito disciplinada, solícita e sempre me procurava para tirar alguma dúvida. Fez viagens, entrevistas e um estudo de viabilidade que resultou no sucesso da empreitada”.

O professor Fábio destaca: “A interdisciplinaridade do trabalho foi essencial para que ele fosse posto em prática, já que Eliane vem da área de Administração e tivemos que casar os conhecimentos de campos distintos”.

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