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SUSTENTABILIDADE

Reator produzido no Brasil promete limpar poluição de termelétricas

Usinas termelétricas são instalações industriais que queimam combustíveis para gerar eletricidade a partir da energia liberada em forma de calor. Estes combustíveis podem ser renováveis, como o bagaço da cana-de-açúcar e palha de arroz, ou não-renováveis, caso da queima de gasolina e óleo diesel. Uma tecnologia desenvolvida por uma empresa brasileira promete "quebrar" as moléculas dos gases emitidos.

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06/09/2013 às 9:19 • Atualizada em 27/08/2022 às 17:09 - há XX semanas
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Obra da usina termelétrica Candiota 3 no Rio Grande do Sul
Foto: Eduardo Tavares

Por Ludmila do Prado (Envolverde)

Usinas termelétricas são instalações industriais que queimam combustíveis para gerar eletricidade a partir da energia liberada em forma de calor. Estes combustíveis podem ser renováveis, como o bagaço da cana-de-açúcar e palha de arroz, ou não-renováveis, caso da queima de gasolina e óleo diesel.

De uma maneira ou de outra, o resíduo gerado ao final do processo e despejado no ar gera emissão de gases do efeito estufa e atualmente não existem soluções ou inovações nacionais no setor. É neste mercado que a Limpgas Tecnologia está apostando.

“Não temos soluções nacionais até o momento e a Limpgas está sendo pioneira”, destacou o economista Guilherme Gonçalves, um dos sócios da empresa, em sua apresentação no encontro Modelos de Negócios Sustentáveis, realizado na quarta-feira, 4 de setembro, na Conferência Ethos 2013.

O empreendedor explicou que o foco é limpar o ar a partir de nanocatalisadores após processo físico de expansão a vácuo, além de utilizar plasma frio, um tipo de plasma resultado de vácuo em condições específicas de pressão”.

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O economista Guilherme Gonçalves, da Limpgas Tecnologia
Foto: Thiago Lopes

Prevenção

A Limpgas pretende atender todo o mercado de termelétricas vendendo reatores para estas usinas. Com o uso da inovação proposta, o resíduo da queima deixa de poluir, uma vez que a tecnologia é capaz de “quebrar” as moléculas dos gases emitidos. Desta forma, o gás carbônico, um dos gases componentes do efeito estufa, deixa de ser lançado na atmosfera porque o reator produzido pela Limpgas não apresenta carbono na saída.

“Sabemos da ousadia de nosso projeto, mas temos uma equipe especial”, afirmou Guilherme. A equipe é integrada por José Lino Gonçalves, sócio-diretor, pós-doutor pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) – e estudioso de gases altamente tóxicos. Outra força de capital humano é Carlos Salles Lambert, especialista em plasma a frio, com mais de 50 trabalhos publicados na área no Brasil e no exterior.

O cenário é promissor, especialmente se levarmos em consideração a necessidade energética e a cobrança sofrida pelo governo brasileiro pela redução das emissões. A previsão é de que o faturamento, daqui a cinco anos, chegue a R$ 1,45 bilhão, ou 30% do mercado nacional de termelétricas. A perspectiva é de abrir, no mesmo período, a primeira filial internacional na China, país já com graves problemas de emissões de gases de efeito estufa.

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