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Resultados das fontes eólica e hídrica possibilitam desligamento de 21 térmicas neste sábado (8)

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06/08/2015 às 8:00 • Atualizada em 27/08/2022 às 17:38 - há XX semanas
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Interior de usina termelétrica na Bahia
Foto: Manu Dias/Secom-BA

O governo decidiu na quarta-feira, 5 de agosto, desligar 21 usinas térmicas a partir de sábado (8), que somam 2 mil megawatts médios de energia. Segundo o Ministério de Minas e Energia, a medida permitirá a economia de R$ 5,5 bilhões até o final do ano, pois as térmicas que serão desligadas são as mais caras do sistema.

A decisão, proposta pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), foi anunciada após reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico. O ministério atribuiu a medida aos recordes de geração de energia eólica da Região Nordeste e à perspectiva de os reservatórios das hidrelétricas das regiões Sudeste e Centro-Oeste atingirem o patamar de 30% até novembro.

O diretor-geral do ONS, Hermes Chipp, também destacou a redução do consumo de energia para justificar o desligamento das térmicas. “Há uma previsão de redução da carga em 2015 em cerca de 1,8%. O conjunto desses fatores nos permitiu tomar a decisão com segurança”, afirmou Chipp à Agência Brasil.

Restam 10 mil megawatts de térmicas
Mesmo com o anúncio acerca do desligamento, restam cerca de 10 mil megawatts médios em térmicas ligadas. "Já tivemos 15 mil megawatts no momento crítico", ressaltou o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga.

As usinas termelétricas produzem eletricidade a partir da energia liberada em forma de calor, geralmente pela combustão de produtos como como carvão natural, óleo combustível, madeira e gás natural. Em geral, a queima desses combustíveis libera resíduos poluentes na atmosfera, causando diversos impactos ambientais.

Apesar da economia esperada, Braga disse que ainda não é possível estimar qual o impacto que a medida terá na conta de luz. “A Aneel [Agência Nacional de Energia Elétrica], nos próximos dias, irá fazer os estudos para apontar a partir de então qual será a conduta com relação às bandeiras [tarifárias]”, acrescentou.

Desde janeiro, vigora a bandeira vermelha, com adicional de R$ 5,50 a cada 100 quilowatts/hora (kWh) de energia usados pelos consumidores. Com as cores verde, amarela e vermelha, as bandeiras servem para indicar as condições de geração de energia no país.

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