. Foto: Governo de Minas Gerais
Se não surtiu ainda efeitos práticos, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), ao menos fez o governo federal repensar o modelo do ensino médio público no país. A informação foi divulgada no dia 13 de agosto, pelo Ministério da Educação (Mec).
Embora tenha atingindo as metas propostas para esta edição, o índice no ensino médio está muito abaixo da nota máxima, dez pontos: estagnou em 3,4, o mesmo indicador do último resultado, em 2009. Diante do resultado, o governo manifestou a intenção de mudar a grade curricular do ensino médio público e reduzir o número de disciplinas.
Na rede privada, o desempenho é pouco superior: a nota média ficou em 5,7, o que significa 0,1 abaixo da meta estipulada (5,8). As escolas particulares são medidas por amostragem, enquanto as públicas realizam obrigatoriamente a Prova Brasil e o Saeb, de onde os resultados são obtidos.
A nota obtida pelos estudantes de ensino médio foi inferior ao atingido por alunos do último ano do fundamental particular. Em matemática, a nota foi 265 pontos na rede pública contra 298 na particular, por exemplo.
As razões do fraco desempenho, para o Mec, é o grande número de matérias obrigatórias nesta etapa, atualmente 13. A proposta de redução do currículo será apreciada pelo Conselho Nacional de Educação.
Lentidão
No ensino fundamental o resultado foi mais animador. Os anos iniciais foi onde o Ideb mais avançou: alcançou 5,0, ultrapassando as metas para 2011 (de 4,6) e 2013 (de 4,9). Os estudantes do 5º ano do fundamental também chegaram ao patamar estimado para 2013, de 4,7.
Especialistas apontam que embora todas metas estabelecidas no ensino público tenham sido atingidas, o ritmo de crescimento beira a estagnação. Somando todos os anos finais do Ensino Fundamental (5º ao 9º ano), o crescimento foi de apenas 0,1, atingindo 4,1. Apesar do alarde feito pelo Mec por ter atingindo a meta proposta, de 3,9, a evolução é a menor desde 2005, quando começou o Ideb começou a ser medido.
Investimento
Os resultados chegam em uma época complicada na educação para o Governo Federal. Além da greve nas universidades federais, que já dura mais de 80 dias, o governo tenta travar a proposta para dobrar o percentual do PIB investido na educação, para 10%. A proposta, aprovada por uma comissão especial no último dia 26 de junho, seguiria diretamente para o Senado se, no intuito de barra a proposta, oitenta deputados de onze partidos não tivessem apresentado um recurso para analisar o Plano Nacional de Educação (PNE – PL 8035/10) em Plenário.
O requerimento, assinado pelo líder do governo, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), ainda precisa ser acatado pelo Plenário da Câmara. Se for aceito, os 513 deputados poderão aprovar qualquer meta de investimento no setor antes desta ser analisada pelo Senado.
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