Efeitos do Protocolo para a saúde são "difíceis" de quantificar, mas a quantidade de ozônio aumentou, o que possivelmente reduziu casos de câncer de pele e preservou temperaturas atmosféricas
Foto: Nasa/Divulgação
Os buracos da camada de ozônio poderiam ter crescido 40% até o ano 2013 se o Protocolo de Montreal não tivesse sido estipulado. A conclusão consta de um estudo divulgado nesta terça-feira, 26 de maio, pela revista cientifica britânica Nature.
Estipulado em 1987, o Protocolo de Montreal é um tratado internacional que entrou em vigor em 1989 e que foi desenhado para proteger a camada de ozônio ao reduzir a produção e o consumo de várias substâncias que são responsáveis por seu desgaste.
Desde que entrou em vigor, o protocolo restringiu o uso de elementos com altas concentrações em cloro, bromo e outras substâncias prejudiciais para a camada de ozônio, o que provocou que esta fosse melhor preservada e reduzisse os efeitos da mudança climática.
A equipe de pesquisadores, liderada pelo professor Martyn Chipperfield, da universidade inglesa de Leeds, utilizou um modelo de química atmosférica para descobrir como o protocolo de Montreal afetou a camada de ozônio.
Saúde e clima
Os efeitos para a saúde são "difíceis" de quantificar, mas o estudo estima que aumentou a quantidade de ozônio na estratosfera, o que pôde reduzir os casos de câncer de pele e preservar as temperaturas da atmosfera.
O professor Chipperfield afirmou que sua pesquisa "confirma a importância do protocolo de Montreal e mostra que graças a ele foram obtidos benefícios" no que se refere à conservação da camada de ozônio.
"Sabíamos que este protocolo serviria para preservar a perda de ozônio em grande escala, mas com este estudo descobrimos que as coisas poderiam ter sido muito piores se não tivesse sido assinado", destacou o especialista.
(Via agência EFE)
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