Desde a quinta-feira (11) os participantes se dividem para acompanhar os debates em curso em 203 eventos paralelos já confirmados.
Foto: Divulgação
A 11ª Conferência das Partes (COP-11) da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), realizada em Hyderabad, na Índia, entra na sua semana decisiva, quando os ministros do Meio Ambiente de mais de 190 países participam da cúpula de alto nível, marcada para os dias 16 a 19 de outubro. O evento começou no dia 8 do mesmo mês.
Desde a quinta-feira (11) os participantes se dividem para acompanhar os debates em curso em 203 eventos paralelos já confirmados.
Entre os diversos temas estão assuntos como as dimensões sociais e culturais das áreas marinhas e costeiras protegidas; a agricultura moderna e a destruição da biodiversidade; e a gestão sustentável da biodiversidade costeira e marinha, entre muitos outros, além de análises voltadas a aspectos locais, como a possibilidade de salvar os gorilas das florestas da África Central, a economia de sobrevivência dos povos nômades e a preservação da biodiversidade na região das montanhas do Himalaia.
A ministra do Meio Ambiente do Brasil, Izabella Teixeira, participa da COP-11 a partir de terça-feira (16). Ela foi convidada pela ministra do Meio Ambiente e Florestas da Índia, Jayanthi Natarajan, para quem a COP-11 “é a primeira oportunidade para que as partes revejam os progressos realizados até o momento, a partir da implementação do Plano Estratégico para a Biodiversidade 2011-2020”.
Faltam recursos
Os representantes da CDB também deverão adotar medidas para melhorar a eficácia da aplicação dos recursos financeiros destinados à conservação da biodiversidade. Dados oficiais dos organizadores da COP-11 mostram que o gasto global em relação aos objetivos traçados para a conservação da diversidade biológica está abaixo de 0,1% do produto interno bruto global acertado entre os países partes.
Eles identificaram que as falhas de implementação do Plano Estratégico para a Biodiversidade 2011-2020 incluem, principalmente, o desenvolvimento de estratégias nacionais de mobilização de recursos para essa finalidade específica.
A ministra do Meio Ambiente do Brasil, Izabella Teixeira, participa da COP-11 a partir de terça-feira (16).
Foto:Wilson Dias/ABr
O plano estratégico estabeleceu, em 2010, no Japão, objetivos estratégicos, considerados ambiciosos, para todos os países que integram a CDB, conhecidos como Metas de Biodiversidade de Aichi, que devem ser adaptadas para atender às realidades internas de cada país signatário da Convenção.
Na COP-11, as partes irão reavaliar o progresso obtido por cada país membro na implementação, desenvolvimento e atualização das estratégias nacionais de biodiversidade relacionadas ao Plano Estratégico para até 2020.
Os integrantes da Conferência das Partes tratarão, ainda, de outras questões específicas, como as formas de facilitar a troca contínua de melhores práticas e lições aprendidas com a preparação, atualização e revisão de estratégias nacionais de biodiversidade e dos planos de ação; formas de promover e facilitar as atividades destinadas à implementação do Plano Estratégico; a necessidade e a possibilidade de se desenvolver mecanismos adicionais para que os países partes cumpram seus compromissos no âmbito da Convenção e da implementação do Plano Estratégico para a Biodiversidade 2011-2020; e a colaboração destinada à Plataforma Intergovernamental de Ciência Política sobre Biodiversidade e Serviços do Ecossistema.
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