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TED Fahad Al-Attiya: Um país sem água

Imagine um país com energia abundante, muito petróleo e gás, luz do sol, vento e dinheiro, mas sem algo essencial à vida: água. O engenheiro de infraestrutura do Qatar, Fahad Al-Attiya, descreve as formas inesperadas em que a pequena nação no Oriente Médio cria seu abastecimento de água.

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27/02/2013 às 16:40 • Atualizada em 31/08/2022 às 2:08 - há XX semanas
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Imagine um país com energia abundante, muito petróleo e gás, luz do sol, vento e dinheiro, mas sem algo essencial à vida: água. O engenheiro de infraestrutura do Qatar, Fahad Al-Attiya, descreve as formas inesperadas em que a pequena nação no Oriente Médio cria seu abastecimento de água.

Al-Attiya conta que, antes da era do petróleo, as pessoas moravam em pequenas vilas ou eram nômades, não havia cidades como as conhecemos hoje e a expectativa de vida não passava dos 50 e poucos anos. Após a Segunda Guerra Mundial, o petróleo passou a ser explorado a todo o vapor, e o país entrou em um período de pleno desenvolvimento.

Com o crescimento econômico, veio também o aumento do consumo de água, que já está entre os maiores do mundo. "A questão é como pudemos sobreviver a isso? Nós não temos água alguma. Simplesmente por causa desta máquina gigante, enorme chamada dessalinização", conta o engenheiro.

Além de viver em um país com baixíssimos índices pluviométricos, Al-Attiya lembra que o Qatar possui pouca reserva de água dessalinizada, importa 90% dos alimentos consumidos internamente e cultiva menos de 1% das suas terras. "Nós enfrentamos riscos, e estes riscos afetam diretamente a sustentabilidade desta nação e sua continuidade", lembra.

Para resolver esse impasse, o palestrante apresenta os planos da nação para os próximos dois anos: utilizar a energia solar abundante para produzir 3.5 milhões de metros cúbicos de água, que será direcionada para os agricultores locais. A produção de alimento irá abastecer a sociedade, que terá acesso a alto nível de educação, pesquisa e desenvolvimento, indústrias, tecnologias e comércio.

"Mas o que faz isto ser possível é legislação, política e regulamentações. Sem isso, não podemos fazer nada", destaca. "Nosso objetivo é o de ser uma cidade do milênio. Nós temos apenas 60 anos, mas queremos viver para sempre como uma cidade, viver em paz", conclui.

Assista abaixo à palestra na íntegra (para ver com legenda em português, selecione a opção ao lado do play):

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