Como lidarmos com uma pessoa agressiva sem nos tornarmos criminosos? Como acabar com uma guerra sem causar mais mortes? Nesta sábia e sensível palestra, a ativista pela paz Scilla Elworthy mapeia as habilidades que precisamos, enquanto nação e indivíduos, para lutar contra uma força extrema sem usarmos mais força em resposta.
“Quando nos deparamos com a brutalidade, seja uma criança diante de um valentão em uma praça, violência doméstica ou nas ruas da Síria enfrentando tanques e estilhaços, qual é a coisa mais efetiva a ser feita? Retrucar? Ceder? Usar mais força?”, questiona Scilla.
Após quase 50 anos trabalhando para ajudar a evitar guerras, a ativista aprendeu como a violência e a opressão agem. Segundo Scilla, pessoas ameaçadoras usam a violência de três formas: política para intimidar, física para aterrorizar e mental ou emocional para fragilizar. “E raramente, em poucos casos funciona usar mais violência”, afirma.
Para responder à questão de como e por que a não-violência funciona, ela evoca heróis históricos, como Aung San Suu Kyi, Mahatma Gandhi e Nelson Mandela, e as filosofias pessoais que moviam seus protestos pacíficos.
Em comum, todos traziam a mudança dentro deles. “É a minha resposta à opressão, que eu tenho que controlar, e com a qual eu posso fazer alguma coisa”, defende. Para isso, Scilla lembra ser necessário o autoconhecimento, o domínio do medo e a capacidade de usar a raiva como combustível impulsionador para se alcançar um objetivo.
“Não é que eu apenas acredite na não-violência. Eu não tenho que acreditar. Eu vejo evidências em todos os lugares de como isso funciona. Podemos colocar um fim ao século mais sangrento que a humanidade já conheceu. E podemos nos organizar para superar a opressão abrindo nossos corações assim como fortalecendo esta determinação incrível”, conclui.
Assista abaixo à palestra na íntegra (para ver com legenda em português, selecione a opção ao lado do play):
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