O protótipo tem capacidade para 4,5 litros. Foto: Blog do Mílton Jung
A Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP criou o Reator de Leito Ordenado, aparelho que possibilita o tratamento simultâneo do esgoto doméstico e de metais pesados, a exemplo do cobre e do cádmio. O protótipo tem capacidade para 4,5 litros e o reator em escala piloto teria capacidade de cerca de 6m3.
De acordo com o engenheiro Gustavo Mockaitis, que participou do estudo para o desenvolvimento do aparelho, a ideia inicial era analisar um processo biológico que tivesse influência na recuperação de metais pesados. “De início pensamos no tratamento dos efluentes de mineração, as chamadas águas residuárias de drenagem ácida. Trata-se de um líquido que não possui matéria orgânica”, explicou à Exame.
A pesquisa tomou rumo diferente após os cientistas perceberem que, nas diversas águas residuárias que possam conter estes metais, as quantidades são muito variáveis. A partir da descoberta, os pesquisadores decidiram utilizar um efluente mais constante, ou seja, com as mesmas concentrações de materiais, principalmente orgânicos. “Passamos a usar o esgoto doméstico sintético onde foram adicionadas, gradativamente, concentrações de cádmio e cobre até onde o reator pudesse tratar o esgoto”, descreveu Mockaitis.
Se realizado com um reator convencional de leito fluidificado, o consumo de energia aumenta. Por isso, "desenvolvemos o protótipo de um Reator de Leito Ordenado, mais econômico em termos de consumo de energia. Ele tem algumas configurações semelhantes a reatores convencionais, mas pode ser mais econômico”, revelou o engenheiro.
Depois do tratamento, o líquido que sai pela parte superior do reator, possui carga orgânica baixa e que não chega a ser prejudicial ao meio ambiente, dependendo da extensão da contaminação por metais pesados na água a ser tratada.
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